A Espanha rendeu hoje a última homenagem ao futebolista do Sevilha António Puerta, que morreu terça-feira, aos 22 anos, depois de durante a noite milhares de pessoas terem passado pelo estádio, onde o corpo esteve em câmara ardente.
O internacional espanhol morreu terça-feira ao início da tarde, no hospital Virgen de Rocio, vítima de encefalopatia e falência múltipla dos órgãos, provocadas por múltiplas paragens cardio-respiratórias, depois do jogador ter desmaiado em campo durante o jogo entre o Sevilha e o Getafe, realizado sábado.
Entre as diversas personalidades ligadas ao mundo do futebol que assistiram às cerimónias fúnebres contam-se o seleccionador espanhol, Luís Aragonez, e os presidentes do Real Madrid, Ramón Calderon, e do FC Barcelona, Joan Laporta. Do estrangeiro também chegaram delegações de clubes, entre os quais o AC Milan.
O avançado Makukula, emprestado pelo FC Sevilha ao Marítimo, e que foi "colega e amigo" de António Puerta, fez igualmente questão de estar presente nas cerimónias fúnebres.
A morte do jogador uniu os adeptos "inimigos" do Sevilha e do Bétis, que durante toda a noite e esta manhã depositaram cachecóis, velas e coroas de flores junto ao caixão, que foi coberto com uma bandeira do centenário do Sevilha, e ao lado do qual foram também colocados os mais recentes troféus do clube, nomeadamente a Taça UEFA conquistada na época passada.
O corpo foi jogador foi cremado, numa cerimónia íntima, e os órgãos doados à ciência. Acompanhados pelo presidente do clube andaluz, José Maria del Nido, e pelo treinador, Juande Ramos, os jogadores do Sevilha, assim com a família de António Puerta, foram ovacionados por cerca de 20 mil pessoas.
A imprensa espanhola de hoje também faz eco do clima de consternação que o país vive pela morte do jogador, ao qual presta também a última homenagem.
O jornal catalão La Vanguardia lembra que entre 1995 e 2006 morreram 180 desportistas espanhóis vítimas de morte súbita.
Deixe um comentário