No âmbito da reforma do mapa consular português, o governo planeia encerrar 11 consulados, despromover outros para vice-consulados e criar uma série de escritórios consulares. Nesse sentido, a Associação Sindical
dos Diplomatas Portugueses veio agora afirmar a sua concordância com a necessidade duma reforma, mas opor-se aos encerramentos previstos para Espanha, Itália e Estados Unidos.
“Concordamos com os princípios gerais, mas não com os moldes em que vai ser feita na prática”, disse o presidente da associação, Tadeu Soares, acrescentando que “não foram pesadas todas as implicações”.
No plano de reforma consular, o Governo planeia para Espanha a extinção dos consulados de Madrid, Bilbau e Sevilha, substituindo-os, respectivamente, por uma secção consular, um consulado honorário e um escritório consular.
Para Itália está também prevista a substituição do consulado de Milão por um escritório consular, enquanto que nos Estados Unidos se planeia não só o encerramento dos consulados de Nova Iorque e Providence, com a sua substituição por um escritório consular e um vice-consulado, respectivamente.
Tadeu Soares aponta problemas concretos. Diz que encerrar Milão é um erro por ser “a capital comercial e económica de Itália”, enquanto que em Providence há uma grande comunidade portuguesa.
Quanto a possíveis implicações para os diplomatas, o embaixador considera que “não perdem nada, porque com os 400 diplomatas que existem actualmente há lugar para toda a gente”.
Ainda assim, acrescentou que a diminuição do número de diplomatas é um problema: “somos um número muito limitado de profissionais”, alertando também para a necessidade de garantir boas condições de trabalho porque “somos colocados em sítios muito difíceis, para onde temos de ir viver em condições muito complicadas.
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