Um grupo de investidores estrangeiros vai abrir um hotel de luxo na Quinta da Romaneira, região do Douro. A apresentação do projecto realizou-se em Cotas, concelho de Alijó, e contou com a presença do secretário de Estado do Turismo, Bernardo Trindade.
Fonte do projecto disse à Lusa que até final de Junho abre o hotel de luxo Quinta dos Sonhos, que resultou da reabilitação das casas da quinta. Os 12 investidores, franceses e ingleses, vão apostar no turismo e na componente da viticultura numa das maiores quintas da Região Demarcada do Douro, com 400 hectares. O objectivo foi introduzir um conceito “diferente dos hotéis habituais”, seguindo a tipologia das unidades que o grupo detém em Marrocos, os hotéis Dar Ahlam e El Khiam Ahlam. O hotel vai abrir com 14 quartos e sete apartamentos espalhados pela propriedade e com vista para o rio e as vinhas, inseridos no coração do Douro Património Mundial da UNESCO. Os quartos e apartamentos estão equipados com ar condicionado e lareira, mas sem televisão nem telefone. Na propriedade, os turistas poderão fazer percursos pedrestres, andar de bicicleta, passear de barco ou canoagem e ver como se produzem os vinhos. Terão ainda à sua disposição uma viatura todo o terreno, um ginásio ou uma sala de cinema. O SPA “Carapata” abre em Outubro e em Setembro começa a funcionar, o restaurante que ficará à responsabilidade dos chefes de cozinha Philippe Conticini (la Table d’Anvers, Petrossian, Paris) e Miguel Castro e Silva (Bull&Bear, Porto).
A Romaneira situa-se na margem direita do rio Douro, a montante do Pinhão, e foi adquirida em 2004 por um grupo de 12 investidores, liderados pelo britânico Christian Seely, director-geral da Quinta do Noval. A propriedade tem uma frente de 2,5 quilómetros de rio, três estações de caminho-de-ferro e mais de 50 quilómetros de estradas no seu interior. Segundo a fonte, a quinta possui 76 hectares de vinha, nos quais são produzidos 55 mil litros de vinho do Porto (Tawny, Colheita, LBV, Ruby ou Vintage) e 15 mil litros de vinhos do Douro (tinto, branco e rose). Os investidores replantaram 40 hectares de vinha, 15 dos quais em socalcos, reabilitaram os restantes hectares, recuperaram muros, socalcos e caminhos e produzem ainda azeite.
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