Originariamente chamada «Castendo», o concelho passou a chamar-se de Penalva do Castelo por decreto de 4 de Agosto de 1957. Ainda hoje é frequente ouvir os mais idosos referirem-se à vila pelo antigo nome. “Vou à feira a Castendo” é uma frase frequente às sextas-feiras, dia de movimentado mercado e feira no centro da vila. É por este concelho, inserido no coração do Dão, que se faz o percurso desta semana…
Inserido no distrito de Viseu, o concelho de Penalva do Castelo, estende-se por uma área de 140 quilómetros quadrados que reúne 13 freguesias – Antas, Castelo de Penalva, Esmolfe, Germil, Ínsua (Penalva do Castelo), Lusinde, Mareco, Matela, Real, Sezures, Pindo, Trancozelos e Vila Cova do Covelo. A sede do concelho dista 10 quilómetros do A25, 20 quilómetros do IP3 e 15 quilómetros de estação de caminho de ferro de Mangualde.
Penalva do Castelo recebeu foral em 1240 e a referência ao Castelo vem de uma torre de onde se avistava o rio Dão. Foi entre este e o rio Côja, que se desenvolvei o primitivo núcleo populacional. Durante a Reconquista Cristã, as Terras de Penalva eram um ponto estratégico muito importante, e foram escolhidas para a construção do primeiro da Ordem do Santo Sepulcro em Portugal. A 10 de Fevereiro de 1491, D. Manuel I, o Venturoso, atribui-lhes o Foral Novo, e renova-lhes os anteriores direitos e privilégios.
Situado em pleno coração da Beira Alta, o actual concelho tem cerca de nove mil habitantes e um património, natural e construído, que merece ser visitado.
Até Mareco
O percurso aqui sugerido tem início na vila sede do concelho, em frente à Igreja da Misericórdia. Templo de traça barroca, do século XVIII, apresenta destacados no interior, o órgão e duas tábuas da Escola de Viseu, ambos do século XVI. Do centro de Penalva tomar a direcção de Mareco, seguindo por estradas municipais e passando sobre o Rio Dão. Um trajecto com paisagem serrana, entre urze e giestas, pinheiros, carvalhos e castanheiros.
Mareco é uma freguesia com apenas 931 hectares, a cerca de 12 quilómetros da sede do concelho. A aldeia está implantada numa suave encosta sobranceira ao rio Ludares no meio de campos férteis cultivados com o esforço e engenho que tem feito chegar aos nossos dias, antigos hábitos e costumes agrícolas. Mareco foi uma das poucas comendas da Ordem de Santiago nesta região. Do seu património, destacam-se a Igreja Matriz e a Casa da Ordem de Santiago.
Depois de visitar a aldeia, siga na mesma estrada em direcção a Castelo de Penalva, (…)
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