A Câmara de Lisboa espera ter em vigor este ano os passes gratuitos para idosos e estudantes até aos 23 anos, prevendo que a medida custe 12 milhões de euros em 2022, disse o vice-presidente da autarquia.
Em causa está o cumprimento de uma promessa eleitoral da coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança, liderada pelo agora presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, que ganhou as eleições autárquicas de setembro passado, e que visa garantir passes gratuitos para os transportes públicos dentro da cidade a qualquer menor de idade, estudantes até aos 23 anos e pessoas com mais de 65 anos.
O vice-presidente da câmara, Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP), disse que a proposta de orçamento do executivo camarário para 2022 prevê 12 milhões de euros para esta medida, que está a ser negociada com os operadores, já que o objetivo é que os passes gratuitos promovidos pelo município abranjam não apenas os autocarros da Carris (uma empresa municipal), mas também o metro e os comboios dentro da cidade.
“Foi já feito um esforço de negociação que envolveu a TML [Transportes Metropolitanos de Lisboa] na quantificação do custo”, revelou Anacoreta Correia, que disse que está em causa uma compensação aos operadores por perdas de receitas.
O vice-presidente da CML, que falava na apresentação da proposta de orçamento para 2022 da Câmara Municipal de Lisboa (CML), disse não ter condições para avançar com um “calendário exato” para a entrada em vigor desta medida e admitiu que poderá ser adotada de forma faseada, por ser mais fácil “do ponto de vista técnico” avançar primeiro com os passes diferenciados que já existem para os maiores de 65 anos.
“Entendemos que há condições para a implementação durante o presente ano”, reforçou, garantindo que “o empenho do executivo camarário é que esteja em vigor rapidamente”.