CTT foram os títulos que mais valorizaram no PSI20 com quase duplicação do valor

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A maioria das cotadas do principal índice da bolsa nacional apresentou um desempenho positivo em 2021, com os CTT a registarem a maior valorização do PSI-20, quase duplicando o valor dos títulos, segundo uma análise da BA&N.

De acordo com a nota da unidade de ‘research’ da consultora divulgada agora, das 19 empresas que compõem o PSI-20, incluindo a Greenvolt que entrou no principal índice em setembro, 13 fecharam o ano de 2021 com ganhos.

Os CTT – Correios de Portugal destacaram-se já que viram as suas ações quase duplicar de valor, chegando ao final do ano com uma valorização de 94%.

“Depois de perder mais de um quarto do valor no ano passado, a empresa de correios registou o melhor desempenho bolsista entre as empresas cotadas no índice PSI-20, beneficiando do crescimento da unidade de Expresso e Encomendas resultante da explosão do comércio ‘online’ com a pandemia”, pode ler-se na nota.

Lisboa seguiu a tendência dos mercados, embora o PSI-20 tenha apresentado ganhos mais tímidos, de 13,7% para 5.569,48 pontos, naquele que foi o melhor ano desde 2017.

“Num ano em que houve menos negócios por dia, mas a liquidez média diária aumentou ligeiramente para 112 milhões de euros, o PSI-20 mais do que compensou a quebra de 6% registada em 2020, regressando a níveis pré-pandemia”, realça a BA&N.

Os CTT “não foram as únicas estrelas neste ano de ganhos acentuados entre as cotadas do PSI-20” com a Novabase e Ramada Investimentos a valorizarem 62% e 46%, respetivamente, continua a nota.

A Sonae apresentou o terceiro melhor registo na praça nacional em 2021 com uma valorização de 50%, acima dos 46% da Jerónimo Martins, com ambas as cotadas a beneficiaram da confiança dos investidores no retalho alimentar, setor que provou a sua resiliência durante a pandemia de covid-19.

A consultora destaca que a Greenvolt foi também “uma das estrelas da bolsa nacional” devido à entrada no mercado de capitais em julho e à promoção ao PSI-20 em setembro, mas também “pelo forte ganho acumulado desde que os seus títulos passaram a ser negociados na Euronext Lisbon: fecharam o ano com uma subida de mais de 33%”.

O ano foi também de ganhos para as empresas do setor da pasta e do papel, com a Navigator e a sua “casa-mãe”, a Semapa, a registarem ganhos na ordem dos 30%, e a Altri a valorizar quase 11%.

“Estes desempenhos positivos aconteceram num período marcado por uma forte produção tanto de pasta como de papel, na sua maioria destinada à exportação, mas também de alta dos preços”, avança a BA&N.

Num ano marcado pelo leilão do 5G, a NOS acabou por ganhar quase 18% na bolsa, aumentando ainda mais o seu peso no mercado nacional.

O mesmo aconteceu com outro dos “pesos pesados” do PSI-20, o BCP que, “num ano marcado pelos receios em torno do impacto do fim das moratórias no crédito criadas devido à covid-19” teve um ganho de 14,5% em 2021.

Entre os “gigantes” do índice de referência nacional houve outros destaques, mas pela negativa.

Apesar de a maior queda ter sido registada pela Pharol (quase 40%), a EDP, a EDP Renováveis e a Galp Energia destacaram-se nas quedas em Lisboa.

Segundo a análise da consultora, “as três empresas do setor da energia registaram perdas ligeiras, mas tendo em conta o seu ‘peso´’ no PSI-20, impediram Lisboa de uma subida mais em linha com a registada pela generalidade das praças europeias”.

A EDP perdeu 6,2%, uma queda mais expressiva do que a registada pela empresa de energias renováveis do grupo, que cedeu 4,6%.

A consultora sublinha no entanto que em 2020 ambas as empresas do universo EDP tinham registado fortes desempenhos bolsistas, registando saldo positivo nos dois anos marcados pela pandemia.

Já a Galp Energia acumula dois anos consecutivos de desvalorizações, tendo sido em 2020 “a empresa do PSI-20 com pior desempenho em bolsa, ao perder mais de 41% do seu valor” e em 2021 apresentou uma desvalorização inferior a 3%.

Na nota a consultora recorda que 2021 foi um ano de mudança na Galp Energia, com a nomeação de um novo CEO, Andy Brown, mas também de revisão da estratégia da companhia, com a crescente aposta nas energias “amigas do ambiente”, o encerramento da refinaria de Sines e o abandono da pesquisa e prospeção de petróleo a partir de 2022.

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