Portugal apresenta uma atividade gripal com tendência crescente, com uma taxa de incidência de 19,9 casos por cada 100 mil habitantes, anunciou o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).
Na semana de 20 a 26 de dezembro, “estimou-se uma taxa de incidência de síndrome gripal de 19,9 por cada 100 mil habitantes”, refere o boletim de vigilância epidemiológica da gripe e outros vírus respiratórios do INSA.
No caso da covid-19, a incidência de infeções estava, na quarta-feira, nos 923,4 casos por 100 mil habitantes a nível nacional.
Os valores de vigilância clínica da gripe, que devem ser interpretados tendo em conta que a população sob observação foi menor do que em períodos homólogos de anos anteriores, foram apurados através da rede médicos-sentinela, um sistema de informação constituído por médicos de medicina geral e familiar do continente e das regiões autónomas.
Já quanto à vigilância laboratorial, que permite a identificação de vários vírus respiratórios, o relatório do INSA indica que a rede portuguesa de laboratórios dos hospitais detetou, na mesma semana, 22 casos positivos para o vírus da gripe, todos do tipo A.
“O vírus para o qual foi determinado o subtipo é A(H1)pdm09. Foram detetados outros vírus respiratórios, na sua maioria vírus sincicial respiratório”, indicou o INSA.
Relativamente ao indicador de gravidade, foi reportado um caso de gripe (influenza A) pelas 17 unidades de cuidados intensivos que enviaram informação, não tendo sido comunicadas situações de gripe pelas enfermarias.
A vacinação contra a gripe arrancou em Portugal no final de setembro, mais cedo do que o habitual devido à pandemia de covid-19, estando já imunizadas mais de 2,4 milhões de pessoas, segundo os dados da Direção-Geral da Saúde.
Em Portugal, o sistema de vigilância da gripe e outras infeções respiratórias é composto pela rede de médicos-sentinela, pelos serviços de urgência, pelas áreas de atendimento dedicadas a doentes respiratórios, pela rede portuguesa de laboratórios para o diagnóstico do vírus da gripe e pelas unidades de cuidados intensivos.
Este programa anual tem início no princípio de outubro, terminando em maio do ano seguinte, e integra componentes clínicas e laboratoriais.