Restauração e bares otimistas para a noite da passagem do ano nos Açores

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A presidente da delegação dos Açores da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares (AHRESP) afirmou que os empresários da restauração e bares estão “otimistas” para a passagem do ano, apesar das medidas de controlo da covid-19.

Em declarações à agência Lusa, Cláudia Chaves destacou que os empresários têm a “expectativa de que esta passagem do ano possa ser melhor do que a anterior”, uma vez que os restaurantes não sofreram “muitos cancelamentos” devido às medidas de combate à pandemia da covid-19.

“As expectativas, neste momento, são otimistas. Claro que não chegamos aos números de 2019. Está longe de lá chegar. Mas perante as reservas, que ao nível da passagem do ano começaram a aparecer com mais força em novembro, não houve cancelamentos de maior porque a maioria das reservas foram feitas por pessoas locais”, afirmou.

Cláudia Chaves referiu que as organizações de eventos e a restauração estão “preparadas para cumprir as medidas” de controlo da pandemia, como a obrigatoriedade de apresentar um teste negativo à covid-19 na ilha de São Miguel para aceder a festas de passagem do ano.

“Em relação à passagem do ano, o feedback que tivemos é que os espaços que já estavam planeando fazer alguma festa de réveillon vão fazer, porque se conseguem enquadrar nas obrigações que a Direção Regional de Saúde nos fez chegar”, apontou.

A responsável da AHRESP nos Açores disse não ter existido “qualquer estranheza” por parte dos empresários quanto às medidas de controlo do SARS-CoV-2, mas realçou que pode existir “alguma quebra” na afluência aos eventos da passagem de ano.

“Há sempre a possibilidade de alguma quebra porque as pessoas estão dependentes dos testes. Há uma previsão de que possa haver alguma quebra. Os empresários têm essa consciência”, assinalou.

Cláudia Chaves reconheceu que a situação na hotelaria é “mais difícil”, uma vez que “muitos turistas nacionais” cancelaram a viagem aos Açores após o anúncio das restrições que estão atualmente em vigor no continente português.

“A situação [na restauração e eventos] é melhor porque temos [o mercado] o local. O local prefere juntar-se em espaços onde há controlo do que juntar-se nas casas. Também há essa consciencialização. Isso para mim é uma evolução na tomada de consciência”, afirmou.

O representante da Associação de Hotelaria nos Açores, Fernando Neves, disse à Lusa esperar uma taxa de ocupação inferior a 50% para a passagem do ano, devido às medidas de combate à covid-19, que motivaram “vários cancelamentos”.

Em São Miguel é obrigatório apresentar um teste negativo à covid-19 para aceder a eventos de cariz social, cultural e desportivo, a bares e espaços de diversão noturna, com pista de dança, e festas de passagem de ano.

O teste negativo pode ser da tipologia PCR quando realizado 72 horas antes da apresentação ou um teste rápido de antigénio se for feito nas 24 horas anteriores.

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