“A vacina provou ser a arma mais eficaz no combate à pandemia, uma extraordinária vitória da ciência, mas a guerra ainda não acabou”

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O primeiro-ministro salientou hoje que a guerra contra a covid-19 ainda não acabou, considerou que é fundamental prosseguir o reforço vacinal em Portugal e elogiou o trabalho “inexcedível” dos profissionais de saúde e a resposta do SNS.

Estas posições foram transmitidas por António Costa na sua tradicional mensagem de Natal, que disse ser este ano mais contida do ponto de vista político por se estar em período pré-eleitoral.

Na sua sétima mensagem de Natal desde que exerce as funções de primeiro-ministro, António Costa fez um rasgado elogio à forma como os profissionais de saúde têm estado empenhados no combate à covid-19.

“Depois do incansável trabalho em 2020; depois da dramática vaga que tiveram de enfrentar em janeiro e fevereiro deste ano, os profissionais de saúde foram mais uma vez inexcedíveis – e, neste caso, muito em especial os enfermeiros – na notável operação de vacinação”, declarou.

Neste contexto, o primeiro-ministro destacou também que a sua “vivência tão intensa destes dois anos” nesse “posto de comando” só reforçou o seu orgulho nos portugueses e a confiança no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

A seguir, deixou avisos em relação à evolução da pandemia nos próximos meses.

“A vacina provou ser a arma mais eficaz no combate à pandemia, uma extraordinária vitória da ciência, mas a guerra ainda não acabou. Como sabemos, há milhões de seres humanos em todo o mundo que ainda não tiveram acesso à vacina e, enquanto assim for, o vírus continuará ativo e persistirá o risco de se transformar em novas variantes”, advertiu.

Por isso, para o líder do executivo, “é fundamental acelerar a vacinação à escala global e prosseguir o reforço vacinal em Portugal”.

“As escolas, as entidades do setor solidário, as autarquias locais, o Estado e a União Europeia fizeram o possível – e até o que tantas vezes parecia impossível – para acorrer a todos nas diversas vicissitudes que enfrentaram.  Seguramente não conseguimos chegar sempre a tempo, nem sarámos ainda todas as feridas”, referiu.

No entanto, de acordo com António Costa, o emprego já recuperou “plenamente” os níveis pré-pandemia e Portugal retomou “um crescimento robusto”.

“Não podemos perder o foco no esforço nacional de recuperação. E devemos fazê-lo com a confiança de um povo que, tendo superado cada etapa desta pandemia, é capaz de se superar, de encarar o futuro com esperança, continuando a ser extraordinário nos tempos de normalidade e tranquilidade porque todos ansiamos”, completou.

Na parte inicial da sua mensagem, o primeiro-ministro lembrou que passou o Natal do ano passado em isolamento profilático por dias antes ter almoçado em Paris com o Presidente francês, Emmanuel Macron, que adoeceu pouco depois com covid-19.

“Há um ano, eu próprio passei a minha noite de Natal em solidão, em isolamento profilático, longe da minha mulher, dos meus filhos, da minha mãe, de toda a minha família. Mas sei, todos sabemos, que, difícil, verdadeiramente difícil, é a dor de quem sofre a perda de um ente querido ou as provações de quem está doente, tantas vezes carecendo de internamento hospitalar. São estas dores e estas provações que nenhum de nós quer sofrer e que todos desejamos que os que nos são mais queridos nunca sofram”, acentuou.

António Costa assinalou ainda que na segunda-feira faz um ano que se iniciou o processo de vacinação em Portugal.

“O nosso primeiro vacinado, o professor António Sarmento, médico veterano do Hospital de São João, deu-nos a todos o exemplo do que era necessário fazer. Foi um gesto da maior importância para reforçar a confiança e a motivação de todo o país. Desde então quase toda a população maior de 12 anos está vacinada, dois milhões e meio de pessoas já receberam a dose de reforço e iniciámos a vacinação das crianças dos 11 aos 5 anos”, acrescentou.

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