O ministro das Infraestruturas considerou hoje que a TAP deverá procurar parceiros no futuro, uma vez que defende que “no mercado global da aviação já não se sobrevive sozinho”, e adiantou que há interessados.
“É para nós claro que num negócio altamente competitivo da aviação, uma companhia aérea não sobrevive isolada e, portanto, estamos a trabalhar para que a TAP possa vir a estar num grupo importante de aviação, porque essa é a forma mais sólida e consistente de conseguirmos a viabilidade”, afirmou o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, em conferência de imprensa em Lisboa, após a ‘luz verde’ da Comissão Europeia ao plano de reestruturação da companhia aérea.
O governante disse, no entanto, que a privatização da TAP não está neste momento em cima da mesa.
“No mercado global da aviação já não se sobrevive sozinho e a TAP deverá procurar parceiros e esse é um trabalho que será feito nos próximos anos”, acrescentou Pedro Nuno Santos.
O ministro das Infraestruturas adiantou ainda que “há vários interessados, não em substituir a TAP em Lisboa – isto é muito importante – mas em ter uma cooperação e colaboração com a TAP”.
A Comissão Europeia informou hoje que aprovou o plano de reestruturação da TAP e a ajuda estatal de 2.550 milhões de euros, impondo que a companhia aérea disponibilize até 18 ‘slots’ por dia no aeroporto de Lisboa.
“Hoje, na sequência da sua investigação aprofundada e dos comentários das partes interessadas e de Portugal a Comissão aprovou o plano de reestruturação proposto”, indica o executivo comunitário em comunicado, especificando que “o plano de apoio assumirá a forma de 2,55 mil milhões de euros de capital próprio ou de medidas de quase-capital, incluindo a conversão do empréstimo de emergência de 1,2 mil milhões de euros em capital próprio”.
Bruxelas explica que o aval de hoje surge após uma investigação aprofundada, iniciada a 16 de julho passado, para avaliar melhor a conformidade do plano de reestruturação proposto por Portugal para a TAP e do auxílio conexo, sendo que nesse mesmo dia a instituição “voltou a aprovar um auxílio de emergência de 1,2 mil milhões de euros a favor da companhia aérea, na sequência da anulação da decisão inicial do Tribunal Geral sobre o auxílio de emergência”.