As exportações portuguesas de têxteis e vestuário acumulam até outubro um crescimento de 15,2% face ao mesmo período de 2020 e de 1,5% face a 2019, somando 4.477 milhões de euros, informou a associação setorial.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) tratados pela Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP), considerando apenas o mês de outubro, Portugal exportou 500 milhões de euros de têxteis e vestuário, o que representa um crescimento de 2,5% relativamente ao mesmo mês de 2019, ano pré-pandemia.
No acumulado de janeiro a outubro, os produtos que registaram maior crescimento nas exportações face a 2019 foram as roupas de cama, mesa, toucador ou cozinha, com um acréscimo de quase 95 milhões de euros (+23%).
Seguiram-se as camisolas, pulôveres, ‘cardigans’ e artigos semelhantes de malha, com um acréscimo de 81 milhões de euros (+23%), e os fatos, casacos, calças e calções de malha de uso masculino, com um acréscimo de 32 milhões de euros (+46%).
Inversamente, o vestuário exterior (fatos, conjuntos, casacos, calças, saias, vestidos, entre outros), em tecido, quer de uso feminino, quer de uso masculino, foram os artigos que registaram maiores quedas face a 2019, mostrando, segundo a ATP, “algumas dificuldades em recuperar as exportações para os níveis pré-pandemia”.
O vestuário em tecido exportou, neste período, menos 182 milhões de euros face a 2019 (-22%).
Em termos de destinos, França foi o “mais dinâmico”, com um acréscimo de quase 83 milhões de euros (+15%), seguida dos EUA (mais 75 milhões de euros, equivalente a +26%) e de Itália (aumento de 39 milhões de euros, ou seja, +15%).
“Em rota decrescente” continuam as exportações de têxteis e vestuário para Espanha, que somaram 1.146 milhões de euros até outubro, recuando 224 milhões de euros (-16%) face ao mesmo período de 2019.
No que se refere às importações de têxteis e vestuário, diminuíram 9,2% até outubro, face a 2019, ascendendo a 3.362 milhões de euros (-9,2% face a 2019).
Nos primeiros nove meses do ano, a balança comercial dos têxteis e vestuário registou, assim, um saldo de 1.114 milhões de euros, com uma taxa de cobertura de 133%.