A expansão marítima Portuguesa

Data:

A era dos descobrimentos foi o período de ouro da história da humanidade; que por ironia iria ser desencadeada por um pequeno país, que ao tempo teria apenas 800.000 habitantes.

Os historiadores ainda hoje não compreendem, como é que Portugal conseguiu pôr em movimento todas as forças que deram a forma ao mundo atual.

Tudo começa com a conquista de Ceuta em 1415, mais é preciso juntar algo mais que lhe está subjacente; a plantação do pinhal de Leiria 70 anos antes, a mando de D. Afonso III 1248/1279 e aumentado em1279/1325 por D. Dinis I, seriam imprescindíveis na produção da madeira de pinho, para a construção naval de dezenas de Naus, que iriam ser utilizadas na grande epopeia marítima portuguesa.

O auge da globalização viria a seguir, com a chegada de Vasco da Gama á Índia e Pedro Álvares Cabral ao Brasil.

A formação de dezenas de navegadores, faziam parte de um arrojado projeto que seria colocado em marcha pelo Infante Dom Henrique; mas a construção naval não chegava para todos os que queriam deixar o seu nome na história; e o Rei não podia ficar sem forças navais, para a proteção do Reino.
Alguns desses navegadores, ofereceram-se para servir na armada de Espanha a exemplo de Cristóvão Colombo e Fernão de Magalhães, que também deixaram o seu nome para a posteridade.

A supremacia da armada portuguesa nos mares e oceanos, era em princípio para defender o comércio, mas foram colocadas à prova várias vezes nas rotas da Índia e do Brasil e também as costas de África, que iam do Atlântico ao Índico até ao mar Vermelho, onde foram travadas várias batalhas navais.

O mundo conhecido estava confinado à Europa, Médio Oriente, Norte de África e parte do Sul da Ásia, e ainda não havia a certeza de que a Terra era redonda.

Os continentes africano e asiático eram praticamente desconhecidos, e da América nem sequer havia conhecimento.

A Ásia era um intrigante mistério, e o caminho para lá chegar só através de longas e perigosas viagens por terra; lembro a famosa viagem de Marco Polo.

A era quinhentista que marcou a humanidade, teve lugar quase 1500 anos depois do nascimento de Jesus, e o Cristianismo continuava confinado dentro dos estritos limites da Europa.

O único contacto com o exterior era o comércio, quase em exclusividade das repúblicas de Veneza e Génova, e dos intermediários do médio Oriente sediados em Constantinopla.

Toda a era dos descobrimentos portugueses, foi imbuída de espírito missionário e expansão da Fé Cristã, e confirmada pela implantação dos padrões portugueses, “marcos de pedra com as armas Reais de Portugal” onde é de realçar as 5 quinas, a Cruz de Cristo, e uma inscrição para afirmar a soberania portuguesa.

O Monumento das descobertas que foi inaugurado para assinalar a exposição do Mundo Português em 1940, é uma homenagem aos grandes navegadores de quem descendemos; e lembrar às futuras gerações, que foram os portugueses que abriram ao conhecimento de outros povos, um mundo para eles desconhecido.

OBS: Aos grandes navegadores portugueses, e a todos os que deram as suas vidas em nome de Portugal; para que hoje possamos chamar de nosso a este belo país, e dar à história o que lhe é devido.

Joaquim Vitorino

Share post:

Popular

Nóticias Relacionads
RELACIONADAS

Compal lança nova gama Vital Bom Dia!

Disponível em três sabores: Frutos Vermelhos Aveia e Canela, Frutos Tropicais Chia e Alfarroba e Frutos Amarelos Chia e Curcuma estão disponíveis nos formatos Tetra Pak 1L, Tetra Pak 0,33L e ainda no formato garrafa de vidro 0,20L.

Super Bock lança edição limitada que celebra as relações de amizade mais autênticas

São dez rótulos numa edição limitada da Super Bock no âmbito da campanha “Para amigos amigos, uma cerveja cerveja”

Exportações de vinhos para Angola crescem 20% desde o início do ano

As exportações de vinho para Angola cresceram 20% entre janeiro e abril deste ano, revelou o presidente da ViniPortugal, mostrando-se otimista quanto à recuperação neste mercado, face à melhoria da economia.

Área de arroz recua 5% e produção de batata, cereais, cereja e pêssego cai 10% a 15%

A área de arroz deverá diminuir 5% este ano face ao anterior, enquanto a área de batata e a produtividade dos cereais de outono-inverno, da cereja e do pêssego deverão recuar 10% a 15%, informou o INE.