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Memórias de Portugal 

1 Dezembro, 2021 Opinião
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Memórias de Portugal 

A batalha de Aljubarrota a 14 de agosto de 1385, e a restauração da soberania de Portugal a 1 de dezembro de 1640, são as datas mais marcantes da nossa história, porque completaram o ciclo que nos afastou definitivamente de Espanha.

Vamos recuar no tempo 381 anos. 

O domínio da Espanha durante 60 anos ao tempo eram (três gerações), constituía uma espinha na garganta da nobreza portuguesa. 

Era uma situação insustentável, que traía os ideais e orgulho de um povo que chegou a dividir o mundo em partes iguais com o ocupante, onde os heróis da crise Portugal/Castela de 1383/1385 com destaque para D. Nuno Álvares Pereira (Santo Condestável) o grande vencedor de Aljubarrota, e D. João I que deu início à epopeia marítima portuguesa em 1415 com a conquista de Ceuta, era um peso na consciência daqueles que tinham nos ombros a responsabilidade de tentarem inverter a situação.

D. João oitavo Duque de Bragança, era o nome que reunia maior consenso para ser rei de Portugal, se tudo corresse de acordo com o plano dos conjurados, que tinham a seu favor a situação de sublevação na Catalunha, pelo que a oportunidade não podia ser perdida.

Tudo terá sido organizado em completo secretismo e teriam avançado antes, se alguns não tivessem recuado com receio de perderem a vida e os bens. E também havia conhecimento de delatores, já depois de terem aderido ao movimento, tendo chegado ao conhecimento dos espanhóis alguns nomes dos 40 nobres envolvidos na conjura, pelo que já não havia nada a perder  e o que muitos dos intervenientes na conjura já pensavam ser uma tentativa falhada, na verdade foi um enorme sucesso.

O Duque de Bragança era à época dos acontecimentos o homem mais rico da Península Ibérica, pelo que se compreende as suas hesitações até porque, a esposa D. Luíza de Gusmão era de ascendência espanhola.

Os revoltosos chegaram a aclamá-lo como rei D. João IV, que consciente da sua legitimidade dinástica e da grandeza da Casa de Bragança, agiu sempre com segurança e prudência, evitando precipitar os acontecimentos, e procurando uma oportunidade adequada às circunstâncias para intervir. 

Esta atitude foi inicialmente mal interpretada, com D. João a ser acusado de não querer assumir responsabilidades em ações de resultados duvidosos; na verdade, ele não podia colocar em risco os privilégios e a enorme fortuna e também sabia que em caso de fracasso, ficariam todas as portas fechadas a novas tentativas. 

O desânimo provocado por esta suposta posição do Duque de Bragança, levou alguns fidalgos a contactar o seu irmão D. Duarte que se encontrava na Alemanha, para lhe propor a liderança de um movimento insurrecional. 

Para o Conde-Duque de Olivares, reconhecidamente inteligente e o homem forte de Espanha, a situação não passava despercebida, e a importância e o perigo que constituía a crescente onda de interesse e simpatia pela figura de D. João, era uma ameaça que não podia ser descuidada; até porque Aljubarrota, passados 255 anos ainda estava na memória.

Entretanto os acontecimentos precipitam-se, porque o Conde-Duque de Olivares já estava informado de que D. João seria o escolhido para futuro Rei de Portugal. Por isso seria preciso afastá-lo quanto antes de Portugal, oferecendo-lhe o cargo de Vice-Rei de Milão o que foi recusado pelo Duque, alegando o seu desconhecimento das questões internas da Lombardia. 

Mas Olivares insiste em o afastar e nomeia-o governador das armas do Reino de Espanha, com o pretexto de que a armada francesa ameaçava as nossas costas, sendo necessário preparar urgentemente a defesa, e ao mesmo tempo vai criando condições para apanhar o Duque em falta, e recomenda-lhe que passe revista a todos os quarteis e fortalezas do Reino, ordenando secretamente aos respetivos comandantes, que o prendam e que seja enviado para Madrid sob escolta. 

Avisado a tempo, D. João faz-se acompanhar por uma comitiva de fidalgos seus amigos; para além de não ter sido molestado, até viu aumentar o seu prestígio. 

Por ironia, é a Catalunha que vai abreviar os acontecimentos, já na segunda metade do ano de 1640. A situação dos catalães agrava-se com os abusos das guarnições castelhanas que ocupavam o país e não tendo obtido qualquer resposta do Conde-Duque Olivares, revoltam-se, matam o vice-Rei e pedem ajuda a França. 

A Espanha tem agora várias frentes de instabilidade, o que favorece os conjurados portugueses. Já não é só em Barcelona que existem tumultos, mas também em Gerona, Balaguer, Lérida e Olot, e simultaneamente as forças francesas sitiaram Tarragona. 

Olivares pensa tirar partido da grave crise em que o Reino de Espanha está mergulhado, apostando na mobilização de toda a nobreza de Portugal incluindo o Duque de Bragança, para integrar o exército que iria desencadear ações de retaliação contra os catalães, e manda paralelamente proceder ao recrutamento de soldados em todo o país. 

O plano de encaminhamento dos portugueses para combater a insurreição na Catalunha, fizeram ultrapassar as hesitações ainda existentes, e o movimento restaurador toma forma irreversível. 

Não obstante as condições favoráveis ao desenrolar dos acontecimentos, não terá sido fácil convencer D. João Duque de Bragança a aceitar a coroa de Portugal. 

Paço Ducal de Vila Viçosa

Um grupo de fidalgos e nobres onde se incluía Pedro de Mendonça Alcaide-Mor de Mourão, amigo e companheiro de caça do Duque e visita frequente de Vila Viçosa, conjuntamente com Jorge de Melo, D. Francisco de Melo III Marquês de Ferreira e D. Afonso de Portugal Conde de Vimioso parentes do Duque de Bragança, conseguiram finalmente convencer D. João a aceitar a Coroa. 

Para tal contaram com a ajuda da Duquesa de Bragança D. Luiza de Gusmão, que mesmo sabendo que podia correr perigo de vida disse ao Duque que contasse com o seu apoio e que lhe terá dito a famosa frase para o animar: “vale mais ser rainha por um dia, do que Duquesa toda a vida”.

Os conjurados incumbiram João Pinto Ribeiro para ser o porta-voz do grupo, mas este sugeriu que fosse Pedro de Mendoça que de imediato aceitou a missão, tendo partido imediatamente com destino a Évora, onde iria dar a conhecer a decisão dos conjurados ao Marquês de Ferreira e ao Conde de Vimioso para que informassem D. João duque de Bragança.

Dirigiram-se de à tapada, uma das maiores da Península onde D. João praticava caça ao gamo e ao javali o seu passatempo favorito, e aproveitando uma altura em que este se encontrava isolado dos seus monteiros, Pedro de Mendonça abordou-o de forma firme e disse-lhe: venho pedir-lhe em nome de quase toda a nobreza do Reino, que aceite a Coroa de Portugal, argumentando o descontentamento do povo e o grande número de aderentes ao movimento restaurador, dispostos a sacrificar a vida pela independência de Portugal. 

O fator surpresa, a guerra com a França e a insurreição na Catalunha, foram determinantes para que a revolta em Portugal tivesse sido coroada de êxito.

OBS: À memória de D. João IV e dos conjurados, cuja coragem e patriotismo, devemos a devolução de Portugal aos portugueses no dia I de dezembro de 1640.

Joaquim Vitorino 

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