Sobrevivência do associativismo português na Alemanha discutido em encontro

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A Associação de Pós-Graduados Portugueses na Alemanha (Asppa) debate, no sábado, em Berlim, a sobrevivência do associativismo na era digital, no encontro anual de membros, o “Portal”.

“Nesta fase, com a pandemia, em que vemos muitas associações a terem problemas de financiamento, de sobrevivência, achamos que temos de repensar e discutir como é que podemos, daqui para a frente, continuar a exercer associativismo. Com que competências e colaborações”, afirmou Viviana Silva à Lusa, justificando a escolha do tema.

Esta edição do “Portal” vai contar com as intervenções da secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes, e do embaixador de Portugal na Alemanha, Francisco Ribeiro de Menezes, num formato misto digital e presencial.

“Houve um grande impacto para várias associações. A Asppa não sofreu esse mal, mas associações locais, que viviam do encontro, do espaço físico, sofreram muito. Algumas conseguiram adaptar-se, adotando novas tecnologias, e outro tipo de oferta. Outras nem por isso”, apontou a presidente da associação, Viviana Silva.

A Associação de Pós-Graduados Portugueses na Alemanha pretende partilhar a sua experiência com o objetivo de reforçar o associativismo.

“Considerámos fundamental reformular a maneira como podemos dar uma continuidade sustentável à associação. Introduzimos uma nova estratégia, novos projetos que nos permitam evoluir e adquirir competências e conhecimentos em novas tecnologias digitais, que possibilitem uma integração nos tempos modernos”, admitiu.

Viviana Silva acredita que é necessário que vários modelos de associações, mais tradicionais e modernos, coexistam, dando continuidade ao trabalho com experiência, mas também “sangue novo”.

“Precisamos de ambos os formatos (…) Algumas têm dificuldades, como pagar uma sede. Se a pandemia continuar a afetar-nos, será necessário pensar num novo modelo, mesmo para as associações mais tradicionais”, alertou, sublinhando a necessidade de poder contar com o apoio do Estado português para dar suporte técnico e legal.

“É preciso dar formação e capacitar os diferentes dirigentes associativos nos vários domínios legais e das tecnologias, toda a parte básica de gestão de uma associação, que é uma empresa, ainda que sem fins lucrativos. É necessário envolver mais pessoas novas, não ter direções muito duradouras e sempre compostas pelas mesmas pessoas, mas ao mesmo tempo ter pessoas mais velhas e com mais experiência. É necessário haver este misto”, reforçou.

O encontro da Asppa decorre no sábado, em Berlim. Na sexta-feira a associação organiza também um encontro para empreendedores.

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