A grande odisseia da New Horizons

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A New Horizons foi a primeira sonda a ser reutilizada no seguimento de uma outra missão; mas deixou para a História espacial aquela, para a qual não estava prevista. A decisão foi tomada com base na reserva de energia que ainda dispunha, e não foi por unanimidade que os Cientista da NASA decidiram levar a nave até ao limite da fronteira solar o Planeta Plutão. Algumas sondas como a Voyager 1 e 2, já passaram para além do limite do nosso sistema entrando na vastidão da nossa Galáxia a Via Látea; porém a missão da Spacecraft New Horizons foi um sucesso, e colocou um grande desafio à comunidade científica; até onde poderão as máquinas construídas pelos humanos chegar, quando daqui a três mil anos atingirmos o vértice da tecnologia terrestre. A missão foi penosa e durou 9,5 anos a percorrer uma distância de 4,88 mil milhões de quilómetros, à maior velocidade de sempre que uma nave conseguiu atingir 50.000 quilómetros por hora. Pode parecer para nós que estamos sujeitos à gravidade da Terra uma grande velocidade, mas não passa de uma caminhada de um caracol, se considerarmos as distâncias interplanetárias e interestelares; a exemplo, a próxima estrela está a uma distância aproximada de 4,5 anos-luz e esta, percorre 300.000 quilómetros em apenas um segundo; portanto a luz do Sol quando chega à Terra já iniciou a viagem há 8 minutos e 23 segundos, e o contato entre a New Horizons e a Terra quando passou por Plutão levou 4h30 para chegar à Terra. Este é um momento crucial mas também de “magia” para os humanos; e faz todo o sentido que se comecem a preparar para um dia ter que salvar a nossa espécie colocando a salvo “uns milhares” para lhe dar continuidade, e levar em frente a grande aventura humana no Cosmos; um tema que já abordei em alguns dos meus artigos, em que coloquei na primeira linha de preocupações o excesso populacional, e os recursos energéticos que vão começar a escassear ainda neste século; onde se prevê que nos próximos 50 anos os países emergentes tripliquem o consumo. Outras perspetivas são precisamente onde se enquadra a missão da Spacecraf New Horizons, que é a prospeção de energias nos corpos que se movem no nosso sistema solar, onde Plutão representa a última fronteira. É mais que provável; que os nossos Cientistas estejam a pensar que no futuro em casos extremos, termos que nos abastecermos de meios energéticos em Asteroides ou Planetas mais periféricos da Terra, para darmos continuidade a projetos ambiciosos onde a “salvação da espécie humana” seja uma prioridade absoluta. Se nada existir que venha a contrariar a explosão demográfica Mundial, onde muitos dos países mais populosos que também pertencem ao grupo dos emergentes, que fazem prosperar as suas economias com base no crescimento demográfico e no consumo interno, estejam na origem a que dentro de 50 anos sejamos mais de 15.000 milhões de humanos, o que iria acelerar a escassez energética e alimentar. Os solos saturados e os Oceanos em declínio, a que se junta a falta de água em muitos locais do Globo, serão os grandes desafios colocados aos nossos descendentes, que terão pela frente grandes dificuldades em assegurar as condições mínimas de sobrevivência; este tema, está a ser seriamente tratado ao “mais alto nível pela ciência” em alguns países com meios económicos, e também por Universidades e comunidades científicas independentes. O excesso populacional e consumista, é o principal agressor do ambiente, que por consequência leva ao esgotamento os recursos energéticos; e as duas gerações que se seguem terão pela frente um enorme desafio, que é minimizar os danos que foram feitos nos últimos 300 anos em que o planeta foi severamente agredido, sendo em muitos casos os danos irreversíveis; é preciso que o tema ambiente seja nas Escolas uma disciplina obrigatória, porque a “Benesse da Natureza” chegou ao fim. Por curiosidade; enquanto os cientistas da NASA festejavam a maior aproximação (12.500 quilómetros) da New Horizons a Plutão, alguns astrónomos estavam concentrados na passagem próxima da Terra do Asteroide UW – 158 o mais rico que se conhece, pois é constituído em grande parte por platina (90 milhões de toneladas); com a dimensão de uns 400 por 1000 metros aproximadamente, o seu valor é superior a 5 triliões e meio de dólares. Quando no futuro a tecnologia o permitir, os países mais ricos e com meios sofisticados, irão com toda a certeza explorar Planetas e Asteroides em busca de riquezas que vão escasseando na Terra, a exemplo dos navegadores na época quinhentista que enriqueceram os seus povos; onde os portugueses naqueles tempos em contradição com os de hoje, foram um grande exemplo.

Joaquim Vitorino
Astrónomo Amador

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