A adesão à greve parcial dos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa era às 06:50 elevada, encontrando-se todas as estações encerradas, disse à Lusa Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS).
“À semelhança das greves da semana passada, a adesão é elevada. Está tudo parado, não há maquinistas. Não há circulação de comboios e as estações estão fechadas”, adiantou.
Os trabalhadores do Metro de Lisboa cumprem hoje uma nova greve parcial, entre as 05:00 e as 09:30 para a generalidade dos trabalhadores, e entre as 09:30 e as 12:30 para os administrativos, prevendo-se que o serviço seja retomado às 10:15.
Por causa da paralisação, a Carris, gerida pela Câmara Municipal de Lisboa, vai reforçar quatro das suas carreiras rodoviárias devido às duas greves do Metropolitano, agendadas para hoje e quinta-feira.
“Devido à greve do Metro, vamos reforçar as carreiras seguintes: 726 no troço Pontinha Metro – Estefânia; 736 nos troços Senhor Roubado – Marquês de Pombal e Campo Grande – Cais do Sodré; 744 no troço Oriente – Restauradores; e 746 no troço Sete Rios – Marquês de Pombal”, informou a Carris na sexta-feira.
Segundo a empresa pública de transporte rodoviário de Lisboa, os reforços de carreiras vão ser assegurados nos dois dias de greve dos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa.
Para quinta-feira, está agendada uma greve de 24 horas para a generalidade dos trabalhadores, pelo que se “prevê que o serviço de transporte encerre a partir das 23:00 do dia 03 de novembro [quarta-feira], e reabra às 06:30 de dia 05 de novembro [sexta-feira]”.
“Caso sejam decretados os serviços mínimos com circulação de comboios, a empresa avaliará se terá condições operacionais para reabrir o serviço entre as 00:00 e as 01:00 de dia 05 de novembro [sexta-feira]”, indicou o Metropolitano de Lisboa no sábado em comunicado.
Os sindicatos representativos dos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa, E.P.E. apresentaram pré-avisos de greve para hoje e quinta-feira, em protesto contra o congelamento salarial e exigindo o preenchimento imediato do quadro operacional e as progressões na carreira.
O Metropolitano de Lisboa disse na semana passada que está “recetivo à discussão das propostas apresentadas pelas entidades sindicais, sendo as mesmas objeto de negociação”.
Trabalhadores do Metro cumpriram em 26 e 28 de outubro duas greves parciais que, segundo a FECTRANS, tiveram uma adesão elevada. Segundo a transportadora, no dia 26 a paralisação teve uma adesão de 42,62% e no dia 28 de 45,37%.
Na segunda-feira, os trabalhadores do Metro de Lisboa iniciaram uma greve às horas extraordinárias por 10 dias renováveis, contra o congelamento salarial, pela reposição de efetivos e pelas progressões na carreira.
Os trabalhadores realizaram greves parciais ao serviço em maio e junho, tendo em conta as mesmas reivindicações apresentadas para a nova paralisação.
O Metropolitano de Lisboa opera com quatro linhas: Amarela (Rato-Odivelas), Verde (Telheiras-Cais do Sodré), Azul (Reboleira-Santa Apolónia) e Vermelha (Aeroporto-São Sebastião). O serviço funciona das 06:30 às 01:00 todos os dias.
A greve parcial do metro coincide com uma paralisação de 24 horas dos trabalhadores da Rodoviária de Lisboa, numa semana em que a capital recebe o evento internacional Web Summit, que começou na segunda-feira e termina quinta-feira.