A festa do dia de Todos os Santos é celebrada em honra de todos os santos e mártires, conhecidos ou não. A Igreja Católica celebra a 1 de novembro seguido do dia dos fiéis defuntos a 2 de novembro. A Igreja Ortodoxa celebra esta festividade no primeiro domingo depois do Pentecostes, fechando a época litúrgica da Páscoa. Na Igreja Luterana o dia é celebrado principalmente para lembrar que todas as pessoas batizadas são santas e também aquelas pessoas que faleceram no ano que passou. Em Portugal, neste dia, as crianças costumam andar de porta em porta a pedir bolinhos, frutos secos e romãs.
O Dia dos Fiéis Defuntos é a 2 de Novembro mas, por questões de ordem prática, passou-se a usar o 1 de Novembro para visitar e recordar os falecidos.
O feriado de 1 de novembro foi observado pela última vez em 2012, continua a ser celebrado pelos crentes, no própria dia. Este feriado esteve suspenso, como feriado civil, até 2018, por acordo entre a Santa Sé e a República Portuguesa, segundo o governo de Passos Coelho na altura devido à crise financeira que Portugal atravessava.
A primeira vez que se celebrou o Dia de Todos os Santos foi em 609 d.C. por ordem do Papa Bonifácio VII para recordar todos os cristãos que tinham sido mortos pelos romanos nos primeiros anos da Igreja Católica.
Na Idade Média acreditava-se que no Dia de Finados, no dia 2 de Novembro, as almas do purgatório eram libertadas. É daí que surgiram as bruxas e fantasmas do Halloween norte-americano.
Há um sem número de tradições populares, um pouco por toda a Europa, que dizem que as almas são libertas nesse dia. A partir do século XI e XII há uma tensão muito grande em torno do pecado, da salvação e do Purgatório como local e instrumento de possibilidade de obter essa salvação. A pouco e pouco, vão se construindo mecânicas em que os vivos têm obrigação para com o defuntos que se encontram nesse local de purga. São as missas, as rezas, as indulgências, etc.
O dia de Todos os Santos (Festum Omnium Sanctorum), que a Igreja católica de rito latino celebra a 1 de novembro, tende a confundir-se com o dia de Finados ou dos Fiéis Defuntos, homenageados no dia seguinte. A ocorrência do feriado propicia a antecipação da ida ao cemitério, lembrando aqueles que já partiram. A homenagem aos mortos tem particular incidência nestes dias, embora as manifestações do culto acompanhe os processos individuais do luto. Para o dos Fiéis Defuntos, limpam-se as campas e os jazigos, enchem-se as jarras de flores, desenham-se cruzes com crisântemos sobre a terra das sepulturas, acendem-se lanternas. É dia de ir ao cemitério e de rezar pelos mortos, numa tradição popular que ultrapassa o culto religioso, mesmo que nele se fundamente.
O pedir “Bolinhos em louvor de todos os santinhos” ou de “Pão por Deus”, que grupos de crianças iam fazendo, de porta em porta, na manhã do dia de Todos os Santos (1 de Novembro), ouve-se cada vez menos. E quando alguma porta se abre, ao invés das tradicionais broas de azeite e erva doce, maçãs, romãs e frutos secos, quem acede ao pedido dá rebuçados, gomas, chupa-chupas, chocolates e em alguns casos dinheiro. Segundo o jornal Mirante e referindo-se ao seu distrito de forte influência- Santarém “Se aquela tradição está a desaparecer, a tradição de comer broas nesta altura não está e as pastelarias continuam a fabricá-las. O objectivo, dizem os proprietários dos estabelecimentos, é não deixar cair a tradição e aproveitar também para experimentar novas ideias.
É o caso da pastelaria Doce Saudade, em Torres Novas, que este ano decidiu colocar à venda não só os habituais bolinhos do Dia de Todos os Santos e as broas podres e de mel e noz, mas também cupcakes e bolachinhas alusivos ao…Dia das Bruxas, que se celebra a 31 de Outubro e que é uma tradição do mundo anglófilo implementada em Portugal nos últimos anos. Nesse dia em vez de bolinhos para os santos as crianças desses países vestem-se com fantasias alusivas e vão de casa em casa recitando a fórmula “doce ou travessura”
Para já são as broas que se vendem mais na Doce Saudade. “Nós aqui, como não festejamos tanto o Dia das Bruxas, é natural que os cupcakes e as bolachinhas não tenham tanta saída, mas não deixamos de as fazer”, confessa a proprietária, Sónia Prates, adiantando que vai continuar a confeccionar os bolinhos e as broas até ao Natal.
Uma tradição que começou com o terramoto de 1 de Novembro de 1755
A tradição de pedir o “Pão por Deus” terá começado em Lisboa, em 1756, um ano depois do terramoto que destruiu a cidade, que provocou milhares de mortos. A maioria da população, que já era pobre, ficou ainda mais pobre e como o terramoto aconteceu no Dia de Todos os Santos essa data era aproveitada para desencadear, por toda a cidade, um peditório. As pessoas percorriam a cidade, batiam às portas e pediam que lhes fosse dada qualquer esmola, mesmo que fosse pão. Foi já nas décadas de 60 e 70 do século XX, que a data passou a ser comemorada, de forma mais lúdica do que pelas razões que criaram a tradição, passando a ser conhecida em muitas regiões como o “Dia do Bolinho”. A partir dos anos 80 a tradição começou gradualmente a desaparecer e atualmente, raras são as terras onde ela se mantém.
A homenagem aos mortos tem particular incidência nestes dias, embora as manifestações do culto acompanhe os processos individuais do luto. Para o dos Fiéis Defuntos, limpam-se as campas e os jazigos, enchem-se as jarras de flores, desenham-se cruzes com crisântemos sobre a terra das sepulturas, acendem-se lanternas. É dia de ir ao cemitério e de rezar pelos mortos, numa tradição popular que ultrapassa o culto religioso, mesmo que nele se fundamente.