Quando em fevereiro de 2018 Rui Rio assumiu a presidência do PSD, constituiu-se de imediato como uma alternativa democrática para retirar Portugal (dizia ele), da injusta situação de pobreza em que a maioria dos portugueses se encontrava.
Não podiam estar mais de acordo com Rui Rio porque a nossa história não nos permite, que sejamos os mais pobres e subdesenvolvidos da Europa, pelos sacrifícios feitos pelos nossos antepassados para nos deixarem este belo país.
Nos últimos anos os portugueses pagaram mais de 20.000 milhões de euros de prejuízos da banca privada; a que se somam as empresas públicas que ao certo não se sabe o valor, mas que também foram de milhares de milhões; onde se destacam a TAP, RTP e Fundações que ajudaram a colocar Portugal numa rota de pobreza de longa duração.
Estas são apenas algumas das muitas causas com que podemos identificar o ciclo de pobreza, quando estavam reunidos todos os condicionalismos para termos começado a sair dela há 5 anos no mínimo.
Mas então por onde tem andado a oposição? questiona a esmagadora maioria dos portugueses; é que o PSD tem sido até agora o “torrão de açúcar da agora extinta geringonça”, ao aguardar pacientemente que o governo de António Costa caísse, sem mexer uma palha para o derrubar; minimizando os estragos que esta “coligação parlamentar” fez ao país.
Rui Rio quando tomou posse de presidente do PSD em 2018, disse que se não ganhasse as próximas eleições, encarava a possibilidade de viabilizar um governo do PS, se fosse em benefício de todos os portugueses; acabando assim com a dependência do PS à extrema-esquerda o que estou de acordo, mas a situação de pobreza em que Portugal está mergulhado, não permite essa benesse ao PS que já disse renunciar a uma aliança com o PSD.
No atual cenário político perspetivam-se algumas mudanças, mas se os atores forem os mesmos nada vai mudar; a não ser que o Dr. Rui Rio, cumpra o que o que em 2018 prometeu aos portugueses (é a hora de agir) disse então o líder do PSD; pois vamos a isso, porque Portugal não pode esperar mais tempo.
Portugal vai ter pela frente um longo e penoso caminho para poder competir com as economias mais fortes da União Europeia; um derradeiro teste com pouca probabilidade de sucesso por falta de motivação dos portugueses, que veem o esforço do seu trabalho, apenas no sentido de manter as mordomias de uma pequena classe privilegiada e as elites políticas, enquanto dezenas de milhares das nossas crianças e idosos, vão continuar a enfrentar situações inimagináveis.
Se o PS tivesse cedido às exigências do PCP e BE para que orçamente fosse aprovado, Portugal entraria nos caminhos da Venezuela; que é uma opção rejeitada pela esmagadora maioria dos portugueses; essa decisão seria o erro capital do primeiro-ministro, mas que felizmente não aconteceu.
OBS: À geração do descontentamento nascida no século XXI; a quem o Autor deseja sinceramente um futuro mais promissor; serão eles com toda a certeza que vão fazer de Portugal um país mais igualitário.
Joaquim Vitorino