Os portugueses têm que encarar o futuro com mais esperança e otimismo, para que possamos descolar da pobreza que atingiu a maioria da população.
Portugal regrediu nos últimos anos, para o qual tem contribuído a vaga de emigração qualificada, e também a fraca qualificação profissional dos portugueses, aliada à pouca ambição pessoal que é a principal motivadora, para que o país tenha ânimo para retomar o caminho do desenvolvimento.
Nos últimos anos perdemos o prestígio que tínhamos como um povo empreendedor, arrojado e produtivo como provam as grandes empresas que no passado recente, prestigiaram o nosso país em todo o mundo.
É incompreensível que em tão pouco tempo, Portugal se tenha transformado num dos países mais pobres da união europeia, uma situação que tem que ser invertida; mas essa decisão ainda continua nas mãos de quem há mais de 45 anos, tem nas mãos o destino de Portugal e dos portugueses.
O país tem sido governado há décadas pelos mesmos partidos, onde os interesses pessoais e ideológicos estiveram sempre presentes; a que se juntaram alguns fatores externos, como a crise económica 2008/2015 e a atual pandemia que não chegam para justificar, a enorme queda num espaço tão curto de tempo.
Muitas das Instituições que têm a cobertura de constitucionalidade, estão há muito tempo desenquadradas da realidade portuguesa, funcionando como um entrave à nossa recuperação económica que é fundamental, para dar esperança às nossas crianças e futuras gerações.
É um quadro muito desmotivador para quem oficialmente nos representa fora do país (corpo diplomático); e também os nossos emigrantes que muito dignamente nos representam além-fronteiras, mas que ultimamente são vistos como os novos mendigos europeus.
Do atual governo que é sustentado por dois partidos que não o integram, não haverá muito que esperar; e dos dois principais partidos portugueses PSD/PS também não, porque continuam em conflito de interesses há dezenas de anos, o que tem sido uma barreira à nossa recuperação; e só um entendimento entre estas duas forças políticas, seria o caminho certo para erradicar a pobreza em Portugal.
O desequilíbrio e desproporcionalidade entre rendimentos pagos pelo mesmo trabalho, está na origem de muito do descontentamento que não beneficia o desenvolvimento do nosso país; que ainda está sufocado por grupos e pessoas que não abdicam dos privilégios, alguns deles adquiridos à custa do empobrecimento da maioria dos portugueses.
O grito surgirá vindo da classe média, que tem sido a mais penalizada nos últimos anos; sendo urgente a sua recuperação para estar na linha da frente, na difícil tarefa de colocar Portugal nos caminhos do desenvolvimento.
Utilizar os fundos comunitários à disposição de Portugal com equidade e justiça para devolver a confiança no futuro, será a derradeira oportunidade daqueles a quem cabe muita da responsabilidade, pelos milhões de portugueses que nos últimos anos caíram no empobrecimento.
OBS: Aos nossos jovens, crianças e idosos; e ao que resta da classe média, que tem sido a mais brutalmente atingida.
Joaquim Vitorino