O Instituto Camões assina hoje com a Sorbonne um protocolo para a criação da cátedra Paul Teyssier, professor que criou o Departamento de Português nesta universidade, e será estabelecida mais uma cátedra em França até ao final do ano.
“As cátedras servem para homenagear as figuras que promovem a língua portuguesa em França, mas também para promover a própria língua. Já temos seis em França e vamos ter mais uma até ao final do ano”, revelou João Ribeiro de Almeida, em declarações à Agência Lusa.
O presidente do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua não revelou por enquanto qual será a sétima cátedra, nem com que universidade se vai realizar o protocolo, garantindo apenas que o acordo será estabelecido até ao final de 2021.
A assinatura do protocolo da cátedra Paul Teyssier acontece hoje à tarde na embaixada de Portugal em Paris, na presença de João Manuel Mendes Ribeiro de Almeida, assim como de um representante do Ministério da Educação. O reitor da Faculdade de Letras da Sorbonne, Alain Tallon, também estará presente.
O presidente do instituto Camões lembra Paul Teyssier como “um linguista, tradutor, autor da primeira grande gramática portuguesa em francês e um professor muito acarinhado na Sorbonne”.
Paul Teyssier (1915-2002) foi o responsável pela criação do Departamento de Português na Sorbonne e investigador da língua portuguesa. Esta cátedra tem como propósito dinamizar equipas multidisciplinares e de redes colaborativas de investigação em torno de circuitos culturais, estudos históricos e pós-coloniais, assim como literatura, artes plásticas ou cinema.
Além desta nova cátedra, em França há ainda a cátedra Lindley Cintra em Nanterre, Solange Parvaux em Paris, Sophia de Melo Breyner em Nantes, Sá de Miranda em Clermont-Ferrand e Eduardo Lourenço em Aix-Marseille.
Na quinta-feira, as autoridades portuguesas vão reunir-se com as autoridades francesas para uma nova reunião da comissão de acompanhamento do acordo de Cooperação Educativa e Linguística assinado entre os dois países em 2017 e que entrou em vigor em 2019, sendo o regresso às aulas presenciais nos dois países um dos temas principais do encontro.