Jovens regressam aos festivais de música condicionados pela pandemia

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Com teste obrigatório à covid-19 e cumprimento de regras de segurança, mais de três centenas de jovens regressam aos festivais de música, no Aquafestt, em Peniche, para dois dias de campismo e concertos dentro de um parque aquático.

Miguel Santos, de 18 anos, já tinha saudades e está satisfeito com o regresso da diversão, após quase dois anos de pandemia.

Veio em grupo, convivendo apenas entre os seus amigos e distanciando-se de outros espetadores.

“Andamos sempre juntos e fizemos todos teste”, diz tranquilo este jovem da Batalha, considerando que ficou satisfeito com as regras que encontrou dentro do recinto do campismo e do festival de música.

Com a pandemia mais ativa, antes “era complicado sair” e o Aquafest é o “primeiro festival de sempre” para Matilde Baptista, de 17 anos, segundo a qual “há mais liberdade neste verão com os testes rápidos”.

Questionada sobre as regras de segurança criadas pela organização, a jovem de Santarém afirma que “funcionam bem” e sente-se segura.

A mesma opinião é partilhada por Ivan Gomes, de 20 anos e oriundo de Torres Novas: sinto-me seguro, acho que são as regras indicadas”.

Este espetador “já tinha saudades” de frequentar festivais de música e comprou o bilhete “mal foram anunciados na Internet”.

Segundo a organização, foram vendidos 360 bilhetes vendidos para um festival que, desde o seu anúncio, estabeleceu um número limitado de bilhetes não superior a 400, o número autorizado pela Direção-Geral da Saúde em contexto de pandemia.

Não foram colocados bilhetes diários à venda, mas apenas o passe para os dois dias, para limitar contactos.

À chegada ao festival, os festivaleiros, com uma média de 19 anos, têm de mostrar documento comprovativo de teste negativo ou serem sujeito a teste à covid-19, condição para efetuarem a entrada.

Para a pernoita em campismo, foi-lhes reservada uma “zona exclusiva” do parque de campismo, vigiada por seguranças, com trajeto preestabelecido para contactos com campistas exteriores ao festival, e com entrada em cada noite até à 01:00.

As tendas foram instaladas tentando cumprir o distanciamento de dois metros entre cada uma.

André Calado, da organização, explica que, mesmo integrados no mesmo grupo e com testes efetuados, há quem tenha optado por pernoitar em tendas individuais, sem as partilhar.

Dentro do recinto dos espetáculos, em pleno parque aquático de dois hectares, vigiados por vários seguranças, os festivaleiros dispersam-se e assistem de pé ou sentados na relva aos concertos desde o fim da tarde até às 00:00, tentando manter o distanciamento social.

O último espetáculo ocorre pelas 23:00 já na zona do campismo adjacente, para forçar os jovens a se manterem no recinto, sem se dispersarem pela cidade, reduzindo assim a possibilidade de estabelecerem contactos.

Dentro do parque aquático, não estão obrigados a usar máscara, como constatou a Lusa, mas terão de a colocar nas idas à casa de banho e ao restaurante, onde as mesas estão dispostas mantendo o distanciamento social.

Com um cartaz composto por T-Rex, Ivandro, Kevu, DJ Fifty, Dropzilla, NRIK, daveglow e 2glazen, o Aquafest, no Sportágua, promete dois dias de parque aquático, concertos ao ‘sunset’, parque de campismo incluído, atividades desportivas e muita animação antes do início das aulas”.

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