Será o nosso destino passível de ser conhecido alterado ou repetido, e sobretudo quem o decidirá?
Talvez a mecânica quântica possa responder no futuro a esta pergunta, que no mínimo já a colocámos uma vez a nós próprios, durante as nossas curtíssimas vidas.
Muitos filósofos e cientistas começam seriamente a refletir em qual dos mundos “paralelos” é que vivemos; e qual a peça do puzzle que os humanos representam, como simples atores neste pequeno e insignificante palco a que chamamos de Planeta Terra.
Nos anos 30 do Século passado, alguns cientistas como Einstein olhavam com alguma desconfiança e curiosidade para aquela que ninguém compreende, mas que todos utilizam a “mecânica quântica”.
Uma das mentes mais brilhantes das décadas de 40 e 50 foi John Wheeler, que passou parte do seu tempo a construir bombas atómicas em Los Alamos; sendo ele que mais tarde, lançou a discussão da teoria quântica entre os mais destacados cientistas do seu tempo; seria também ele, o primeiro cientista a usar a expressão buraco negro.
Outros destacados cientistas do seu tempo, não arriscavam falar da mecânica quântica porque não a compreendiam; Wheeler comentou um dia que a única autoestrada para viajar no Universo, não seria através do buraco de verme; a solução estaria na utilização da mecânica quântica.
Mas esta está a menos de 1% da sua possível aplicação; e pode dizer-se com toda a segurança, que ainda ninguém sabe ao certo os prodígios desta novidade ao dispor dos humanos; porque existem suspeitas, de que é muito mais do que os cientistas possam imaginar.
Será que no futuro a mecânica quântica nos poderá ligar a mundos paralelos que coabitam com o nosso?
Pode parecer alguma especulação mas não estou só nesta opinião, porque muitos astrónomos amadores já me colocaram esta questão mais que uma vez; será a mecânica quântica o passaporte para o misterioso campo da metafísica?
Ainda só agora estamos no limiar da magia que ela nos irá proporcionar no futuro; lembrem-se que quando utilizam o vosso sofisticado telemóvel ou outros meios tecnológicos de ponta, a quântica está sempre presente.
As próximas gerações vão render-se à magia da mecânica quântica; quem sabe se os humanos, não poderão um dia viajar ao passado para melhor planear o futuro.
Se a quântica nos levar a este ambicioso patamar, então os cientistas têm andado de olhos vendados; porque a descoberta que deu em 2013 o prémio Nobel da Física a Peter Higgs, pela descoberta da conhecida (partícula Divina) está longe do objetivo pretendido.
Os defensores da física teórica, têm que colocar nas gavetas as suas velhas teorias e convicções; é de ter em conta que fizeram o seu trabalho, mas foram ultrapassados por uma nova realidade, que já a estamos a utilizar mas que ainda não a compreendemos (a mecânica quântica).
Não tenham dúvidas; que essa será a resposta para muitas das questões que ainda nem sequer conhecemos, nem tão pouco como as colocar; num futuro que não será longínquo, a sua aplicação será universalmente generalizada.
Alguns dos grandes cérebros do século XX hoje reconheceriam que estiveram tão perto de lá chegar, e que em alguns casos até desvalorizaram a sua existência como foi o caso de Einstein; talvez que alguns dos nossos comportamentos humanos, que nos marcaram negativamente ainda possam ser corrigidos com o recurso à quântica; seria uma viagem ao interior do “humano desconhecido”, onde uma barreira teria que ser quebrada, porque nos transportaria para um outro campo praticamente ainda por explorar; a parte oculta do nosso cérebro que só vamos desvendar, através de uma ciência ainda “oculta” a que chamamos de metafísica; tenho quase a certeza que se Einstein hoje fosse vivo, estaria de acordo com John Wheeler.
Um dia; se sobrevivermos a um holocausto atómico, queda de um grande meteorito ou desastre climático, a quântica será o único portal para viajarmos através do Universo muito mais rápido que a velocidade da luz; em busca de um local parecido com a Terra, para que possamos dar continuidade à missão do (homo sapiens); que será povoar a Galáxia e levar a magia tecnológica a outras civilizações extraterrestres.
E dar a conhecer de que conseguimos atingir uma civilização perfeita; mas que não foi possível salvar a nossa espécie, dando lugar à inteligência artificial que vamos utilizar nos nossos descendentes robotizados, que irão em nosso nome viajar através do Cosmos.
Foram as flutuações quânticas; que no seu primeiro milésimo de segundo do tempo estiveram na origem das Galáxias; e o Universo poderia ter estado trancado na eternidade, durante dezenas ou centenas de biliões de anos; e ao despertar, deu um “salto quântico para o tempo”.
John Archibald Wheeler viveu 96 anos 1911 – 2008, ainda viu a confirmação em vida da sua teoria dos “Buracos Negros”, e a atribuição de alguns Prémios Nobel a investigadores da mecânica quântica.
PS: Aos jovens entusiastas da astronomia e astrofísica, uma área científica de que Portugal não se deve envergonhar; porque estamos colocados no grupo dos primeiros neste campo da investigação.
Joaquim Vitorino – Astrónomo Amador