Pelo menos 95 pessoas morreram e 150 ficaram feridas no duplo atentado bombista perpetrado na quinta-feira pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI) no aeroporto de Cabul, indicou hoje um novo balanço.
Uma fonte oficial, citada pela agência de notícias espanhola EFE, que pediu para não ser identificada para avançar o número de vítimas, escusou-se a dar outros pormenores.
O balanço anterior dava conta de pelo menos 60 mortos e 140 feridos, na maioria afegãos que tentavam embarcar em voos dos países aliados, que também sofreram baixas.
Washington atribuiu os atentados ao ramo afegão do grupo extremista Estado Islâmico (EI) e disse que um bombista suicida se fez explodir na quinta-feira, num dos acessos do aeroporto de Cabul, denominado Abbey Gate, e pouco depois um segundo ativou um engenho explosivo perto do Hotel Baron, nas imediações do aeródromo.
Na sequência dos dois atentados suicidas, combatentes do EI, que no Afeganistão é considerado inimigo dos talibãs, abriram fogo contra civis e militares na zona.
Posteriormente, um comunicado divulgado pela agência de propaganda, Amaq, o Estado Islâmico da Província de Khorasan (ISKP, na sigla em inglês) afirmou que um dos seus combatentes passou “todas as fortificações de segurança” e colocou-se a menos de “cinco metros de militares norte-americanos”, tendo então detonado o cinto de explosivos.
O comunicado só mencionou um bombista suicida e apenas uma bomba.
Os talibãs conquistaram Cabul em 15 de agosto, concluindo uma ofensiva iniciada em maio, quando começou a retirada das forças militares norte-americanas e da NATO.
As forças internacionais estavam no país desde 2001, no âmbito da ofensiva liderada pelos Estados Unidos contra o regime extremista (1996-2001), que acolhia no território o líder da Al-Qaida, Osama bin Laden, principal responsável pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.
A tomada da capital pôs fim a uma presença militar estrangeira de 20 anos no Afeganistão, dos Estados Unidos e aliados na NATO, incluindo Portugal.