Uma estátua do navegador português Pedro Álvares Cabral, no Rio de Janeiro, foi incendiada na madrugada desta quarta-feira, um ato reivindicado por um coletivo indígena, Uruçu Mirim, num protesto contra o chamado “marco temporal”, uma lei que define que os povos indígenas só podem reivindicar terras onde estiveram estabelecidos antes de 5 de outubro de 1988, a data da promulgação da Constituição brasileira.
Foi o prórpio grupo que publicou no Twitter fotografias da ação de vandalismo, feito na madrugada de quarta-feira, às 3h da manhã
“Mais um monumento escravocrata e genocida foi incendiado”, pode ler-se na publicação. Para o grupo, a ação visa “destruir tudo” o que Pedro Álvares Cabal “simboliza ainda nos dias atuais”, numa forma de protesto contra o “marco temporal” e o “genocídio indígena continuado”. Na estátua, o primeiro navegador europeu a chegar ao Brasil, foi inscrita a frase “Marco temporal é genocídio. PL 490 não”.