Os símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que estão a terminar uma peregrinação a Angola, de onde regressam a Portugal na quarta-feira, vão estar em Espanha a partir de 05 de setembro.
Os símbolos – Cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani – entrarão em território espanhol pela fronteira de Fuentes de Oñoro, na diocese de Ciudad Rodrigo, e deixarão aquele país em 29 de outubro pela fronteira de Aiamonte, segundo o programa preparado pela Conferência Episcopal Espanhola (CEE).
“Os organizadores da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023 decidiram de uma forma muito especial que a Cruz, símbolo que acompanha os jovens na preparação destes dias, pode passar pelas dioceses espanholas em setembro e outubro de 2021. O objetivo é encorajar os jovens a participar nos eventos de preparação para a JMJ Lisboa 2023”, sublinha a CEE, citada numa nota do Gabinete de Comunicação da JMJ Lisboa 2023.
Em Espanha, os símbolos da JMJ passarão por Leão, Santander, Saragoça, Maiorca, Ibiza e Menorca, Madrid, Pamplona, Barcelona, Toledo, Cáceres, Ávila, Tenerife, Canárias, Sevilha e Córdoba.
Tradicionalmente, nos meses que antecedem cada JMJ, “os símbolos partem em peregrinação para serem anunciadores do Evangelho e acompanharem os jovens, de forma especial, nas realidades em que vivem”.
Com 3,8 metros de altura, a Cruz peregrina, construída a propósito do Ano Santo, em 1983, foi confiada por João Paulo II aos jovens no Domingo de Ramos do ano seguinte, para que fosse levada por todo o mundo. Desde aí, a Cruz peregrina, feita em madeira, iniciou uma peregrinação que já a levou a quase 90 países.
“Foi transportada a pé, de barco e até por meios pouco comuns como trenós, gruas ou tratores. Passou pela selva, visitou igrejas, centros de detenção juvenis, prisões, escolas, universidades, hospitais, monumentos e centros comerciais. No percurso enfrentou muitos obstáculos: desde greves aéreas a dificuldades de transporte, como a impossibilidade de viajar por não caber em nenhum dos aviões disponíveis”, informa uma nota do Gabinete de Comunicação da JMJ Lisboa 2023, acrescentando que “em 1985 esteve em Praga, na atual República Checa, na altura em que a Europa estava dividida pela cortina de ferro, e foi aí sinal de comunhão com o Papa. Pouco depois do 11 de setembro de 2001, viajou até ao Ground Zero, em Nova Iorque, onde ocorreram os ataques terroristas que vitimaram quase 3.000 pessoas. Passou também pelo Ruanda, em 2006, depois de o país ter sido assolado pela guerra civil”.
O ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani, que retrata a Virgem Maria com o Menino nos braços, tem 1,20 metros de altura e 80 centímetros de largura, e está associado a uma das mais populares devoções marianas em Itália.
“É antiga a tradição de o levar em procissão pelas ruas de Roma, para afastar perigos e desgraças ou pôr fim a pestes. O ícone original encontra-se na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, e é visitado pelo Papa Francisco que ali reza e deixa um ramo de flores, antes e depois de cada viagem apostólica”, acrescenta o documento divulgado pelo gabinete de imprensa da JMJ Lisboa 2023.
Entretanto, a preparação da Jornada Mundial da Juventude que em 20223 se realizará em Portugal passará também por Santiago de Compostela, onde entre 03 e 07 de agosto de 2022 se realizará a Peregrinação Europeia de Jovens
A Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, para a qual são esperados mais de um milhão de jovens de todo o mundo, decorrerá nos terrenos da margem do rio Tejo, ao norte do Parque das Nações, e deverá ser encerrada pelo Papa.
Inicialmente prevista para o verão de 2022, a iniciativa foi adiada um ano, devido à pandemia de covid-19.
Fotografia: JMJLisboa2023