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Opinião

A Batalha de Aljubarrota 636 anos depois

14 Agosto, 2021 Opinião
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A Batalha de Aljubarrota 636 anos depois

A batalha medieval de Aljubarrota foi de longe a maior que os portugueses tiveram que travar para hoje poderem chamar de seu a este país. Foi precedida pelo confronto de Atoleiros a 6 de Abril de 1384, cujo desfecho a favor de Portugal foi entendido por Nuno Álvares Pereira como uma ajuda Divina, porque as forças portuguesas não tiveram uma única baixa, enquanto Castela perdeu 1600 homens, num combate desproporcional em efetivos a favor de Castela.
A fé e a coragem do ‘Condestável’, aliada à sua juventude e conhecimentos na arte e estudo das novas técnicas de guerra, foram decisivas para D. João I se decidir em enfrentar o exército de Castela com seis vezes mais combatentes que Portugal. Também terá sido a primeira vez em que forças de infantaria, auxiliadas por besteiros e archeiros, dizimaram um exército seis vezes em superioridade numérica, contra uma força de cavalaria composta por nobres franceses, espanhóis e portugueses que aderiram à causa de D. Beatriz e D. João I de Castela – que reclamavam o trono de Portugal porque entendiam que não tendo D. Fernando deixado um filho varão, a coroa de Portugal lhes pertencia por direito de casamento.
Desvalorizando o facto de D. João I ter sido proclamado Rei nas Cortes de Coimbra, e ter um acordo com a Inglaterra que viria mais tarde a ser confirmado com o tratado de Windsor, o rei e rainha de Castela decidem cercar Lisboa como pressão a D. João I de Portugal. Mas uma tragédia aconteceu às forças que cercavam Lisboa, ao serem atingidas por um surto de peste que provocou centenas de mortos nas forças castelhanas.
Desmotivados e com o rei muito doente a ser transportado numa liteira, os comandantes militares de Castela decidiram antecipar o confronto. A situação alimentar era caótica para ambos os lados: uma frota portuguesa partiu do Porto em auxílio dos sitiados, conseguindo furar o bloqueio castelhano para deixar comida à população da cidade.
Todos estes acontecimentos contribuíram para Castela abreviar o embate entre os dois exércitos, porque contava com uma superioridade numérica que resolveria o confronto a seu favor. D. João I de Portugal estava muito preocupado; a cavalaria portuguesa era um décimo da de Castela, e ainda tentou convencer Nuno Álvares Pereira a desviar o exército para território inimigo, para que este fosse na sua perseguição aliviando assim a pressão no território português, mas o seu amigo Nuno Álvares Pereira queria resolver o conflito o mais depressa possível. O Rei de Castela muito doente assistiu à Batalha deitado e protegido por uma força de reserva para uma remota possibilidade de perderem a batalha, deixando a cavalaria portuguesa perseguir e matar tudo o que falasse castelhano.


Sabe-se que mais de 10 mil portugueses combateram pelo lado de D. Beatriz, tendo a nobreza portuguesa e casas senhoriais sido ameaçada de que perdiam as propriedades em caso de estarem ao lado de Nuno Álvares Pereira. A situação foi de tudo ou nada: a independência e futuro de Portugal ia ser jogado no dia 14 de agosto de 1385. É por isso que a crise 1383/1385 tem que ser entendida num contexto de uma sucessão com características de guerra civil, até porque, já tínhamos tido uma com o primeiro Rei de Portugal e teríamos uma terceira entre os irmão D. Pedro IV e D. Miguel.
Portugueses e ingleses tinham celebrado um acordo de aliança militar há 32 anos que viria a ser reforçada com o tratado de Windsor. Este acontecimento foi determinante na ajuda de Inglaterra a Portugal, porque não queria, por motivos estratégicos que se desenhavam já naquela época, que a Espanha viesse a controlar uma enorme faixa marítima que ia do estreito de Cadiz ao Golfo da Biscaia. Ao abrigo dessa aliança, os ingleses enviaram 300 arqueiros de elite que dizimaram a primeira carga de cavalaria castelhana, toda composta pela nobreza francesa que integrava o exército de Castela. Este corpo expedicionário inglês, que não sofreu uma única baixa, veio abrir caminho ao acordo de casamento entre Filipa de Lencastre e D. João I de Portugal, que estiveram na origem de uma geração que levaria Portugal à expansão marítima, e à formação do grande Império português.
D. João I comandou a conquista de Ceuta 30 anos mais tarde e este foi também o ano de ouro para os ingleses com uma vitória estrondosa sobre as forças francesas na batalha de Azincourt em 1415, em que as perdas de França foram de 12 para uma do lado inglês. A tática e discurso utilizada por Henrique V, foi precisamente a mesma que Nuno Álvares Pereira utilizou 30 anos antes. Transmitir coragem e fé em Deus e o que perderam todos aqueles que naquele dia não tiveram a felicidade de estar ali a combater.
O acesso ao Atlântico por parte da Espanha ficou comprometido, como foi o caso de Portugal com acesso à Europa com o caminho europeu barrado pela Espanha. Quando da tomada de Goa, Damão e Diu pela Índia em 1959, a Inglaterra não levantou uma palha do chão para defender o seu velho aliado e nem ao nível diplomático o fez; esta postura inglesa rompeu de vez com o tratado de Windsor, embora nunca tenha sido denunciado por nenhuma das partes. Aliás, já tinha sido quebrada pelos ingleses quando do ultimato de 1890, em que foi colocado em causa (o mapa Cor de rosa), que teve como protagonistas os comandantes Serpa Pinto e Paiva Couceiro.

D. Nuno Álvares Pereira o ‘Santo Condestável’, “cuja fé e coragem marcou o destino de Portugal”

O desfecho da Batalha de Aljubarrota é de todos conhecido, e sabe-se que muitos dos combatentes do lado de Castela eram portugueses. Entre eles contavam-se dois irmãos de D. Nuno Álvares Pereira, que foram mortos no confronto – de um dos irmãos nunca apareceu o corpo, e o mesmo acontecendo com mais de 1200 combatentes mortos em perseguição nos três dias seguintes à batalha. Mas a vitória naquele dia também pertenceu à Inglaterra, que além de não perder na batalha um único homem tinha acabado de dividir Portugal e Espanha, para serem eles a reinar no velho Continente durante centenas de anos.
Portugal não podia chegar a qualquer entendimento com o país vizinho que colidisse com a hegemonia e interesses dos ingleses, que queriam controlar toda a costa Atlântica; a prova chegou com o ultimato de 1890 cujas consequências ainda hoje nos afetam: não só teve duros reflexos na nossa economia, como também na nossa dignidade como povo. A última tranche da dívida contraída aos ingleses foi paga em 2011, para além dos milhares de soldados portugueses sem prévia preparação, que foram enviados à pressa para morrerem nas trincheiras de La Lys, na Flandres – num só dia perderam a vida mais de 10 mil soldados portugueses para dar cumprimento a uma aliança militar imposta na sequência do ultimato.
A prova de que esta aliança apenas serviu os ingleses, veio a confirmar-se quando o Presidente indiano Pandita Nehru, mandou em 1959 invadir Goa, Damão e Diu, não tendo a Inglaterra levantado um único dedo em defesa do seu velho aliado nem ao nível diplomático. Resumindo, tanto no passado como recentemente, Portugal nunca teve decisores à altura de nos colocar a salvo dos que se dizem ser nossos amigos: foram os ingleses no passado e agora são alguns dos “parceiros” europeus.
A batalha de Aljubarrota foi um marco histórico na afirmação da nossa independência, que por condicionalismo geográfico nos afastou da Europa, mas nos lançou numa incrível epopeia marítima e nenhum outro país o conseguiu como os portugueses, que expandiram o seu território 130 vezes e estiveram sempre na vanguarda dos grandes acontecimentos daquela época. As nossas comunidades espalhadas pelo mundo falam por si.

Obs: A D. Nuno Álvares Pereira o ‘Santo Condestável’, cuja fé e coragem marcou o destino de Portugal.

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