A taxa de escolaridade do ensino superior entre os 30 e os 34 anos voltou a crescer no 2.º trimestre de 2021, ultrapassando os 45% e mantendo-se acima da meta europeia.
De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados hoje pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), a percentagem de diplomados pelo ensino superior entre os 30 e os 34 anos fixou-se nos 45,5%, mais do que os 43% alcançados no final do ano passado, que representaram na altura um máximo histórico.
Com este resultado, Portugal mantém-se acima da meta europeia de 40% assumida no âmbito da Estratégia Europa 2020 e reforça a tendência crescente registada nos últimos anos.
Comparativamente ao mesmo período de 2019, o crescimento foi de seis pontos percentuais e, em relação a 2015, 15 pontos percentuais, o equivalente a 60 mil pessoas nessa faixa etária com o ensino superior concluído.
Nos últimos sete anos, houve também um aumento da população ativa com ensino superior, que se fixou em 1,7 milhões no 2.º trimestre deste ano, mais 450 mil (39%) face ao período homologo de 2015.
“Este resultado confirma o claro reforço da qualificação da população residente em Portugal nos últimos anos em consonância com os mais recentes dados de diplomados e em associação com a prioridade política conferida ao alargamento efetivo da base social de apoio ao conhecimento e ao ensino superior”, sublinha a tutela.
No ano letivo de 2019/2020, Portugal registou um máximo histórico no número de diplomados: as instituições emitiram 85.799 diplomas, mais 4.661 do que no ano letivo anterior (6%), o quarto crescimento anual consecutivo e o maior, em percentagem, desde 2006/2007.
No mesmo comunicado, a tutela congratula-se com os resultados positivos, destacando medidas como a celebração dos “contratos de legislatura” em 2016 e em 2019 “que possibilitaram aumentar o apoio continuado às instituições de ensino superior”.
O MCTES refere ainda o reforço da diversificação e especialização de diferentes perfis de oferta, com a valorização social do ensino politécnico e o estímulo à coesão territorial através do conhecimento, bem como a adequação das regras de acesso ao ensino superior.
Destaca também o reforço do apoio social e das condições para alojamento dos estudantes, a redução efetiva da despesa das famílias e, no âmbito da ciência, o reforço da cultura científica da população e a diversificação das formas de ensino, investigação e inovação.
Por outro lado, apesar de reconhecer a persistência de desigualdades no acesso ao ensino superior, o Governo considera que “o caminho percorrido deve-nos orgulhar e deve ser continuado e reforçado”.
Entre as medidas mais recentes, destaca o estímulo à inclusão social dirigido a minorias e aos cidadãos com necessidades educativas especiais e o estímulo ao ingresso no ensino superior dos estantes provenientes das vias profissionalizantes do secundário.