Cientistas inspiram-se em percebes para criar pasta que pode estancar hemorragias

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Cientistas testaram em animais, nos Estados Unidos, uma pasta que pode estancar rapidamente uma hemorragia, inspirando-se na substância pegajosa com que os dos 10 se agarram a rochas, cascos de embarcações e baleias.

A pasta, testada em ratazanas e porcos, é reabsorvida lentamente pelo organismo ao fim de meses, mas também pode ser eliminada com uma solução.

Os resultados da investigação, conduzida por especialistas da organização médico-hospitalar Clínica Mayo e do Instituto Tecnológico de Massachusetts, foram divulgados na publicação científica Nature Biomedical Engineering.

Em ratazanas, a pasta revelou, após uma ligeira pressão, ser eficaz a estancar uma hemorragia em 15 a 30 segundos, enquanto em porcos foi capaz de travar rapidamente hemorragias no fígado.

Para criarem a pasta aderente com propriedades vedantes, os cientistas adaptaram uma fita adesiva de dupla face que desenvolveram em 2019 para fechar incisões cirúrgicas baseando-se no material pegajoso que as aranhas usam para capturar as suas presas em ambientes húmidos.

Desta feita, os investigadores adicionaram óleo de silicone a micropartículas feitas com o material utilizado nessas fitas adesivas.

Quando a pasta se aplica a uma superfície húmida, como um tecido coberto de sangue, o óleo repele o sangue e outras substâncias que possam estar presentes, permitindo que as partículas adesivas formem um selo hermético sobre a ferida.

Segundo os investigadores, a pasta pode moldar-se para se “encaixar” em feridas irregulares, permanece intacta durante várias semanas, dando tempo para que o tecido sare por si mesmo, e induz pouca inflamação.

Alguns materiais são comercializados há vários anos para estancar hemorragias, inclusive adesivos que ajudam a coagular o sangue.

Contudo, de acordo com os autores do novo estudo, requerem vários minutos para estancar o sangue e nem sempre funcionam em feridas que sangram abundantemente.

Ao observarem os percebes, os cientistas verificaram que as moléculas de proteínas pegajosas que os ajudam a “colar-se” a rochas, cascos de embarcações e animais marinhos como baleias estão suspensas numa espécie de óleo que repele a água e qualquer contaminante que se encontre na superfície.

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