O ministro de Estado, da Economia e Transição Digital considerou hoje que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) português atingiu “um máximo histórico”” e indica que a economia “recuperou bem” face ao contexto de pandemia da covid-19.
“São muito bons níveis”, declarou Pedro Siza Vieira aos jornalistas à margem da visita que efetuou hoje a uma empresa de produção e exportação de Vinho Madeira, no concelho de Câmara de Lobos, no decorrer da deslocação que efetua hoje à Madeira.
O governante salientou que os valores divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) indicam que o país registou, no segundo trimestre deste ano, “um crescimento relativamente ao ano passado de 15,5%, é o máximo histórico alguma vez registado em Portugal”, em comparação com o mesmo período de 2020.
Complementou que, em comparação com o trimestre anterior, o primeiro de 2021, houve um “crescimento de 4,9% que é maior até agora conhecido na zona euro e o dobro do que se verificou em toda a União Europeia”.
“Isto significa que, apesar de termos tido uma grande contração da economia durante o primeiro trimestre por causa do confinamento, a economia recuperou muito bem, as nossas empresas conseguiram responder à procura quando ela se verificou”, argumentou o ministro.
Pedro Siza Vieira acrescentou que estes dados também colocam o país “num bom patamar para atingir, no final do ano, os valores que o Banco de Portugal antecipava, mais quase 5% de crescimento da economia”.
“Gostava de salientar que isto não é só a recuperação do consumo interno, mas é também impulsionado por um grande crescimento das nossas exportações”, sublinhou.
O ministro realçou que “as exportações portuguesas de bens durante o primeiro semestre deste ano estão acima daquilo que já se verificava em 2019”, frisando ser “um bom sinal também da competitividade das empresas exportadoras”.
O responsável reforçou que estes dados “são bons sinais”, porque indiciam que a economia está a conseguir criar emprego.
Recordou que na quinta-feira foi anunciado que Portugal atingiu “o máximo de população empregada na sua história da economia”, porque regista uma “grande redução de desemprego” e “grande criação de emprego”.
“Portanto, vamos ver se conseguimos recuperar deste impacto violentíssimo que a pandemia significou para as nossas empresas”, realçou.
Pedro Sousa Vieira referiu que as medidas de desconfinamento anunciadas na quinta-feira pelo primeiro-ministro, António Costa, após a reunião do Conselho de Ministro, podem permitir “continuar a ver a aceleração do crescimento da economia e chegar ao final do ano numa boa situação”.
O ministro opinou ter sido “muito importante que as empresas tivessem conseguido proteger o emprego”, recorrendo aos apoios lançados pelo Governo em todo o país.
Destacou a importância dos quase três mil milhôes de euros dirigidos para apoiar o tecido empresarial, a fundo perdido, durante os primeiros seis meses deste ano, o que “deu a capacidade para as empresas aguentarem”.
“Vamos a ver agora se, com a recuperação do turismo e da atividade económica interna, conseguimos acelerar e consolidar estes ganhos”, apontou.
Siza Veira referiu que, tendo em conta o que tem observado no Funchal, “com uma grande atividade no setor do alojamento e restauração”, espera que tal “pronuncie bons sinais para o terceiro trimestre”.
O ministro da Economia efetua hoje uma visita oficial à Madeira, tendo assinado um memorando com o Governo Regional que permite às empresas madeirenses aceder às linhas do Banco Português de Fomento direcionadas para o tecido empresarial, visitou uma empresa da área tecnológica, e vai reunir com empresários e o presidente da Câmara do Funchal.