A 7.ª edição do festival O Sol da Caparica, que deveria acontecer entre 12 e 15 de agosto na Costa da Caparica, concelho de Almada, foi adiada para 2022, devido à “nova vaga pandémica”, anunciou a organização.
“Há um ano marcámos encontro com o público para a edição do Festival O Sol da Caparica de 2021, mas, infelizmente, a nova vaga pandémica obriga-nos a tomar a difícil decisão de adiar a 7.ª edição para 2022”, refere a organização num comunicado divulgado, no qual dá conta que o festival irá acontecer entre 11 e 14 de agosto no Parque Urbano da Costa da Caparica.
Visto que a “situação pandémica mantém-se, sendo o futuro próximo imprevisível”, os promotores da iniciativa, o Grupo Chiado e a Câmara Municipal de Almada, consideram “não estarem reunidas as condições essenciais para a realização não apenas dos espetáculos musicais, mas também de toda a envolvente de experiências e interação entre os espetadores, caracterizadoras do espírito do Sol da Caparica, assim como as iniciativas culturais e desportivas sempre presentes no Festival”.
A 7.ª edição estava inicialmente prevista para o ano passado, mas tinha sido adiada para este ano devido à pandemia da covid-19. A organização garante que em 2022 tudo irá fazer “para compensar” o público e que “será uma edição incrível e inesquecível com muita música lusófona”.
Os bilhetes comprados para este ano “são válidos para a próxima edição de 2022 sem necessidade de troca ou emissão de um novo bilhete”.
“Para quem pretenda o reembolso, poderá fazê-lo nos 14 dias úteis seguintes à data que estava prevista do início do festival em 2021 (após 12 de agosto) de acordo com a legislação em vigor”, recorda a organização.
Este ano, atuariam no festival, entre outros, António Zambujo, Clã, Fernando Daniel, Orelha Negra, Anselmo Ralph, Diogo Piçarra, HMB, Mão Morta, Moonspell, Plutónio e ProfJam.
O verão de 2020 decorreu sem os festivais de música, devido à pandemia da covid-19, com a associação do setor a estimar para 2020 uma perda de cerca de 1,6 mil milhões de euros, em relação aos dois mil milhões originados em 2019.
Este ano, por causa das restrições para limitar a propagação da covid-19, pela situação pandémica noutros países, pelos diferenciados ritmos de vacinação e pela falta de clarificação das regras de realização deste tipo de eventos, foram já novamente adiados vários festivais de música, entre os quais o CoolJazz (em Cascais), o Alive (Oeiras), o Rock in Rio Lisboa, o SBSR (Sesimbra), o Bons Sons (Tomar), o Primavera Sound (Porto), o Boom Festival (Idanha-a-Nova), o Barroselas Metalfest, o Músicas do Mundo de Sines, o Gouveia Art Rock, o Rolling Loud (Portimão), o Summer Fest (Ericeira, Mafra), o Amplifest (Porto), o Lisb-ON (Lisboa), o Vilar de Mouros (Caminha) e o Neopop (Viana do Castelo).
Entre abril e maio foram realizados quatro eventos-piloto em Braga, Coimbra e Lisboa, com plateia sentada e em pé, e com a realização prévia de testes de diagnóstico, gratuitos, aos espectadores, em colaboração com a Cruz Vermelha Portuguesa.
O objetivo destes eventos era definir, segundo o Governo, “novas orientações técnicas e a realização de testes de diagnóstico de SARS-CoV-2 para a realização de espetáculos e festivais”, mas ainda não são conhecidos os resultados destas iniciativas.