As exportações e importações aumentaram 54,8% e 52,6%, respetivamente, em maio e em termos nominais, face ao mesmo mês de 2020, em que o impacto da pandemia se fez sentir de forma “bastante intensa”, divulgou hoje o INE.
De acordo com as estatísticas do comércio internacional, publicadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), “em maio de 2021, as exportações e as importações de bens registaram variações homólogas nominais de +54,8% e +52,6%, respetivamente (+82,1% e +61,3%, pela mesma ordem, em abril de 2021)”.
No entanto, o INE ressalva que estas variações homólogas “incidem sobre um mês de 2020 em que o impacto da pandemia de covid-19 se fez sentir de forma bastante intensa”.
Comparando com maio de 2019, antes da pandemia, as exportações recuaram 5,2% e as importações caíram 7,5%, com destaque para o decréscimo das exportações e importações de material de transporte.
Quando se exclui os combustíveis e lubrificantes, as exportações e as importações aumentaram 48,9% e 42,3%, respetivamente (+81,8% e +61,1% em abril de 2021), mas, em comparação com maio de 2019, as exportações e as importações diminuíram 3,1% e 6,2%, respetivamente.
Já o défice da balança comercial de bens aumentou 422 milhões de euros face ao mês homólogo de 2020, atingindo 1.369 milhões de euros, embora tenha diminuído 252 milhões em relação a maio de 2019.
Excluindo combustíveis e lubrificantes, o défice atingiu 946 milhões de euros.
No trimestre terminado em maio de 2021, as exportações de bens aumentaram 51,5% e as importações 38,9% face ao trimestre terminado em maio de 2020 (+31% e +16,2%, pela mesma ordem, no trimestre terminado em abril de 2021).
Porém, comparando com o trimestre terminado em maio de 2019, as exportações aumentaram 4,4% e as importações diminuíram 2,7%.
No período acumulado de janeiro a maio de 2021, face ao mesmo período de 2019, as exportações aumentaram 1,8% e as importações diminuíram 6,7%.
Naquele período, destacaram-se em ambos os decréscimos no material de transporte (-8,5% nas exportações e -31,1% nas importações) e os aumentos nas máquinas e outros bens de capital (+9,8% e +3%, respetivamente) e nos fornecimentos industriais (+3,1% e +6,8%).