Filmes de Salomé Lamas, Joaquim Pinto e Nuno Leonel no festival de Locarno

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A programação do festival internacional de cinema de Locarno, que decorre de 04 a 14 de agosto naquela localidade suíça, vai incluir obras dos portugueses Salomé Lamas, Joaquim Pinto e Nuno Leonel, e Samuel Barbosa, anunciou hoje a organização.

Numa edição que vai contar com a atriz Leonor Silveira entre os jurados da competição internacional, Salomé Lamas vai apresentar “Hotel Royal” no concurso Curtas de Autor da secção Pardo di Domani, enquanto Joaquim Pinto e Nuno Leonel estreiam a trilogia “Pathos Ethos Logos” fora de competição.

Samuel Barbosa apresenta, na secção História(s) do Cinema, o seu documentário “Távola de Rocha”, sobre o realizador Paulo Rocha, sendo o único filme daquela secção de Locarno elegível para o prémio de primeira obra.

No ‘site’ da cineasta Salomé Lamas, que se estreia em Locarno, a sinopse de “Hotel Royal” refere-se a uma camareira de hotel que, “impossibilitada de comunicar, vive sob uma rígida metodologia de análise do exterior e um quotidiano ritualizado”.

“’Hotel Royal’ é um mosaico fragmentado e incompleto das sociedades contemporâneas. Podia ser rotulado como um filme sobre os horrores da alma, sobre ‘voyeurs’ ou simplesmente sobre pessoas inadaptadas”, acrescenta o texto sobre o filme que vai ser exibido nos dias 06, 07 e 08 de agosto, havendo ainda uma sessão de perguntas e respostas com a realizadora no primeiro dia.

Já a trilogia “Pathos Ethos Logos”, de Joaquim Pinto e Nuno Leonel, com um total de 641 minutos, decorre em três tempos distintos (2017, 2028 e 2037): “Três mulheres de diferentes gerações e origens, cujos caminhos se cruzam, nas suas tentativas de existir plenamente. Fragmentos de histórias que recuperam experiências e eventos da vida real para o núcleo de cada personagem”, adianta o dossier de imprensa do filme.

O mesmo documento inclui um depoimento do encenador e ator Luís Miguel Cintra sobre o filme: “Há muito tempo que não me sentia tão pequeno perante uma obra de arte. De repente, o Joaquim e o Nuno, de quem evidentemente já espero tudo, muito por razões afetivas, com a alegria displicente que só conseguem os sobreviventes, atiram-me com um calhamaço, que tudo vem mudar: são 10 horas de cinema em que navego como na minha alma, mas que me deixam interdito: o que é isto?”.

Já “Távola de Rocha”, de Samuel Barbosa, com música de Vítor Rua, envolve o espectador “na vida e obra de Paulo Rocha, fundador do cinema novo português e realizador de vanguarda”, segundo a descrição patente na página do Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA).

“O filme assume um caráter de pesquisa individual e reflete uma convivência intensiva ao longo de dez anos. Dessa época, avultam-se reminiscências dos filmes, de lugares de afeto, amigos e familiares”, acrescenta o mesmo texto.

A presença portuguesa em Locarno, festival que tem dado atenção ao cinema nacional e onde Pedro Costa conquistou em 2019 o prémio máximo com “Vitalina Varela”, é completada com a presença de Leonor Silveira no júri da competição internacional, ao lado da realizadora norte-americana Eliza Hittman, do também norte-americano artista e cineasta Kevin Jerome Everson, da atriz italiana Isabella Ferrari e do realizador da Costa do Marfim Philippe Lacôte.

Do Brasil, chega a Locarno “A Máquina Infernal”, de Francis Vogner dos Reis, e “Fantasma Neon”, de Leonardo Martinelli, ambos na competição internacional da secção Pardo di Domani.

Na mensagem introdutória, o diretor artístico do festival, Giona Nazzaro, escreveu que procuraram “desfazer uma ideia errada, mas popular: que não haveria títulos suficientes para construir uma edição forte, motivada, generosa e competitiva”.

“Pelo contrário, poucas vezes lamentámos tanto os títulos que tivemos de pôr de lado”, acrescentou aquele responsável.

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