A subida de preços da habitação abrandou no primeiro trimestre, ao subir 5,2% em termos homólogos, menos 3,4 pontos percentuais (p.p.) do que no trimestre anterior, informa hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Neste período, o ritmo de crescimento dos preços das habitações existentes ultrapassou o das habitações novas, de 5,4% e 4,5%, respetivamente.
Comparando com o trimestre anterior, entre outubro e dezembro de 2020, o Índice de Preços da Habitação (IPHab) aumentou 1,6%, quando tinha subido 2,1% no trimestre anterior, registando também, por categoria, nas habitações existentes uma taxa de variação de 1,7%, 0,1 p.p. acima da registada nas habitações novas (1,6%).
Entre janeiro e março de 2021 foram transacionadas 43.757 habitações, com um valor total de 6,9 mil milhões de euros, traduzindo aumentos, face a idêntico período do ano anterior, de 0,5% e 2,5%, respetivamente.
O INE explica que este aumento de transações, nos primeiros três meses do ano, refletiu o “crescimento expressivo” observado em março (27,5%), refletindo em grande medida um efeito de base devido à comparação incidir num mês já afetado pelos impactos económicos da pandemia, março de 2020, pois, pelo contrário, em janeiro e fevereiro registaram-se reduções homólogas no número de transações (-8,3% e -14,1%, respetivamente).
“Recorde-se que nestes dois meses foram introduzidas restrições à mobilidade com o agravamento da pandemia e que comparam com dois meses de 2020 em que a pandemia estava apenas a iniciar o seu efeito”, destaca o instituto.
Em março, pelo contrário, as transações realizadas aumentaram 27,5% em termos homólogos, quer em número, quer em valor, o que o INE diz refletir “em grande medida” um efeito de base, devido à comparação incidir sobre março de 2020, mês já fortemente afetado pela pandemia.
No primeiro trimestre deste ano, 37.227 transações corresponderam a habitações existentes e 6.530 a habitações novas, aumentos de 0,6% e 0,3%, respetivamente, face a idêntico trimestre do ano anterior.
Entre o quarto trimestre de 2020 e o primeiro deste ano, o INE regista uma redução de 12% no número de transações de alojamentos (-11,6% no 1.º trimestre de 2020), e uma redução mais significativa, neste período, das transações de habitações existentes (-12,1%) do que as habitações novas (-11,3%).
O valor dos alojamentos transacionados, no último trimestre, ascendeu a 6,9 mil milhões de euros, dos quais 5,6 mil milhões de euros referente a alojamentos existentes e 1,3 mil milhões de euros a alojamentos novos, representando aumentos homólogos de 2,5%, no caso do total, e de 4,1% na categoria das habitações existentes.
Relativamente às habitações novas, o valor apurado pelo INE evidencia uma redução de 3,7% relativamente ao mesmo trimestre de 2020.