O primeiro-ministro, António Costa, pediu prudência para evitar um aumento maior do número de casos de covid-19 na região de Lisboa, vincando também “não haver qualquer correlação” com a reabertura do turismo ou os festejos do Sporting.
“A mensagem de prudência é uma mensagem que temos de manter permanentemente porque é muito claro para todos que a pandemia ainda não desapareceu. Felizmente, a vacinação tem vindo a evoluir a um bom ritmo, mas estamos longe da cobertura da totalidade população”, declarou António Costa, em declarações aos jornalistas portugueses em Bruxelas no final de um Conselho Europeu de dois dias.
Questionado na ocasião sobre a situação de Lisboa e Vale do Tejo, onde se tem registado uma subida do número de infeções, o responsável acrescentou: “Vamos ter de continuar a ser prudentes até a pandemia ser erradicada e o concelho de Lisboa não é diferente dos outros 277 concelhos do continente e, por isso, as regras que se aplicam aos 278 concelhos aplicam-se também a Lisboa”.
“A situação em Lisboa [em termos de infeções] tem vindo a aumentar, embora da informação que tem sido possível recolher […] explicam-se sobretudo por um conjunto de surtos bastante localizados uma parte, a outra parte tem uma localização bastante definida do ponto de vista geográfico”, justificou o chefe de Governo.
Já questionado se este acréscimo poderá estar relacionado com a reabertura do turismo no país, nomeadamente para turistas britânicos, António Costa vincou que “não há qualquer correlação estabelecida neste momento entre essa reabertura” e a subida das infeções.
“Os casos estão mais associados a celebrações familiares e a condições habitacionais do que a propriamente aos turistas britânicos”, assinalou.
Já confrontado se em causa poderá estar os festejos do Sporting, António Costa disse também que “não parece haver grande evidência”.
“Há alguns casos de pessoas que, infelizmente, estão infetadas e participando nos festejos, mas a fazer fé das imagens que vi na televisão das pessoas que estavam nos festejos e do número de casos verificados diria que não há aí uma forte correlação”, concluiu.