Prémios Europa Nostra distinguem Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra

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O Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra (GEFAC) foi hoje distinguido nos Prémios Europeus do Património Cultural Europa Nostra, na categoria de “Serviço Dedicado ao Património”.

O júri europeu, nesta categoria, atribuiu também uma Menção Especial ao ex-presidente do conselho de administração da empresa Parques de Sintra-Monte da Lua António Lamas, anunciou hoje o Centro Nacional de Cultura (CNC), representante português na organização não-governamental Europa Nostra, que promove os galardões.

O anúncio dos vencedores dos Prémios Europa Nostra 2021 foi feito hoje ‘online’ e contou com a participação da comissária europeia para a Inovação, Investigação, Cultura, Educação e Juventude, Mariya Gabriel, e do presidente executivo da Europa Nostra, Hermann Parzinger.

Sobre o GEFAC, o CNC afirma que “o júri ficou impressionado com ‘a dedicação de décadas à recolha deste património português que é valioso no contexto europeu’, principalmente porque ‘este tipo de identidade rural se encontra em risco de desaparecer em toda a Europa'”.

O GEFAC foi fundado em 1966 e tem recolhido e documentado as múltiplas manifestações da cultura popular portuguesa, segundo o CNC.

De acordo com o CNC, o GEFAC foi “fundado durante a ditadura, e durante a primeira década de existência, o interesse do Grupo focou as expressões culturais populares e a exploração de temas sociais”.

“Apesar de o GEFAC ter sido oficialmente aceite e apreciado apenas desde os anos 1970, desenvolveu ao longo de mais de meio século um extenso arquivo de investigação etnográfica, conservação, adaptação contemporânea e divulgação do património cultural português. As performances originais baseadas na investigação do GEFAC sobre as expressões e costumes tradicionais de todas as regiões de Portugal, juntamente com a vertente de formação do Grupo, merecem um elogio especial”, acrescentou o texto.

“Com base na música tradicional, danças, teatro, costumes e hábitos das comunidades rurais portuguesas, o Grupo leva à cena expressões culturais contemporâneas na forma de espetáculos de teatro e espetáculos musicais ou de dança, com o objetivo de tornar este valioso património verdadeiramente acessível a todos”, referiu ainda o CNC.

O júri realçou que “o trabalho do GEFAC não recupera apenas memórias perdidas, dá também corpo às expressões da cultura popular, criando momentos de reflexão sobre o nosso próprio tempo e espaço”.

Na mesma categoria, foram também distinguidos a Fundação Gjirokastra, da Albânia, o Comité Técnico sobre Património Cultural, do Chipre, e a italiana Rita Bargna, nascida em 1942, que viveu e trabalha em Cantù, tendo aprendido a arte da renda com a mãe aos 5 anos e depois cultivado a paixão por esta disciplina durante mais de seis décadas.

Nesta categoria foi decidida uma Menção Especial para António Lamas, ex-diretor-geral do Instituto Português do Património Cultural, pela “longa dedicação ao património”.

Segundo o CNC, “o júri apreciou especialmente o contributo de António Lamas para a inovação e pesquisa no domínio do património” e “reconheceu que António Lamas tem inspirado políticas e estratégias de conservação que conciliam o antigo e o novo, e a adoção de medidas de proteção para prevenir a deterioração causada por um grande número de visitantes”.

Na categoria de “Conservação”, o júri premiou o trabalho feito na Gare Marítima, em Bruxelas, no Jardim do Palácio de Fredensborg, na Dinamarca, no Complexo Rupestre de Vardzia, na Geórgia, na Haus Am Horn, em Weimar, na Alemanha, a recuperação da Ponte Plaka, sobre o rio Archithos na Grécia, o restauro do cais de Ormond Upper, em Dublin, o da Igreja em madeira de Ursi, na Roménia, e da Torre das Águas do rio Besòs, na Catalunha, em Espanha. Ainda neste país, foi distinguida a musealização de Mas de Burot, no Parque Natural de Els Ports.

Na categoria de “Investigação”, os premiados foram o projeto “Fibranet”, da Dinamarca e Grécia, o projeto greco-neerlandês “European Industrial Heritage Reuse in Review”, e o “Art-Risk”, de Espanha, um projeto no qual a Inteligência Artificial é aplicada à conservação preventiva.

Em “Educação, Formação e Sensibilização” foi distinguido o projeto “Seguindo os passos do Folclore Búlgaro”, da Bulgária, os Centros do Património, um projeto partilhado pela Finlândia, Itália, Espanha e Sérvia, o projeto italiano “A invenção dos culpados”, de Trento, e ainda “Férias! A Este e Oeste – A Igreja Escola”, de Groningen, nos Países Baixos, e a exposição permanente do Centro Europeu de Solidariedade, em Gdansk, na Polónia, assim como a produção artesanal de cal em Morón de la Frontera, em Espanha, e os projetos britânicos “Arqueologia em casa” e “Londinium: Património de Londres através das Árvores”.

No outono são conhecidos os grandes vencedores de cada categoria, com um prémio no valor de 10.000 euros e o Prémio de Escolha do Público, votado ‘online’ em https://vote.europanostra.org/ .

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