O Governo alargou o contingente especial de acesso ao ensino superior dirigido a emigrantes e seus familiares permitindo que, no próximo ano letivo, se possam candidatar todos os lusodescendentes, de nacionalidade portuguesa e residentes no estrangeiro.
No ano letivo de 2021/2022 haverá cerca de 3.500 vagas em mais de mil cursos de todas as universidades e institutos politécnicos públicos portugueses para emigrantes portugueses, familiares e lusodescendentes, anunciou hoje em comunicado conjunto a secretária de Estado das Comunidades Portuguesas e o gabinete do Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
O “contingente especial para candidatos emigrantes portugueses, familiares que com eles residam e lusodescendentes” do Concurso Nacional de Acesso (CNA) vai contar com 7% da totalidade das vagas para candidatos provenientes das comunidades da diáspora portuguesa.
Às cerca de 3.500 vagas podem concorrer os “cidadãos com, pelo menos, um ascendente de nacionalidade portuguesa originária até ao 2.º grau na linha reta, que não tenha perdido essa nacionalidade”, avançou o executivo.
Também os estabelecimentos de ensino superior privado terão regras específicas para os lusodescendentes, candidatos emigrantes e familiares que com eles residam.
Segundo o Governo, “nos últimos dois anos registou-se um aumento de 52% do número de candidatos emigrantes colocados pelo concurso nacional de acesso, mas o objetivo é aumentar esse número”.
Em 2030, o executivo espera que seis em cada 10 jovens estejam a frequentar o ensino superior, sendo que parte destes alunos deverão ser emigrantes e seus familiares, assim como lusodescendentes.
Estes candidatos podem aceder ao ensino superior através do contingente especial previsto no concurso nacional mas também através dos concursos institucionais de acesso e ingresso em estabelecimentos de ensino superior privado.
Há também concursos especiais para diplomados de vias profissionalizantes, com o ensino secundário concluído no país de acolhimento através da via profissionalizante, e a possibilidade de ingressar num curso técnico superior profissional no ensino politécnico português, que permite no futuro seguir uma licenciatura ou mestrado integrado e a frequência dos mais de 1.900 cursos de mestrado e 600 de doutoramento da rede de ensino superior português são outras das alternativas.