O excesso do consumo energético e o aumento demográfico, está a acelerar o fim da atual civilização onde os sinais são mais que evidentes.
Efetivamente, se os países emergentes como é o caso da China e da India, mas também o Brasil e outros países que integram o grupo em desenvolvimento, conseguirem fazer sair da pobreza mais de 50% da sua população, isso resultaria num aumento de consumidores em mais 1.400 milhões, o equivalente a duas vezes a população da Europa.
Nestas condições os recursos energéticos ainda ao dispor do Homem, não conseguiriam uma resposta para enfrentar esta nova onda de consumismo, que se esgotariam em duas décadas aproximadamente, remetendo o atual “estilo de vida”, para o período anterior à primeira revolução industrial nos finais do século XVIII, com a agravante de entretanto, termos duplicado a população Mundial.
É um cenário preocupante que o cidadão comum não se apercebe, mas que tira noites de sono aos cientistas; que anteveem um possível retrocesso de todos os conhecimentos adquiridos, por não existir matéria-prima para lhes dar continuidade.
Um grupo de investigadores liderados pelo matemático indiano Safa Motecharri, concluíram que o declínio das civilizações que estiveram no auge, é um ciclo recorrente ao longo da história humana.
As causas identificadas incidiram na dinâmica Homem-Natureza onde os fatores população, clima, água, agricultura e energia desempenharam um papel preponderante, que ajudaram a determinar o “alto risco” do fim da atual civilização industrial, onde alguns condicionalismos convergentes levarão ao seu colapso; onde a exploração prolongada dos recursos energéticos, vão provocar um tremendo desequilíbrio ecológico.
As desigualdades provocadas na utilização dos recursos, levaram à estratificação das sociedades elitistas, que são as que mais contribuíram para o fim do ciclo, a que se junta o “boom populacional” e o consequente consumismo.
Conclui-se que os fenómenos sociais desempenharam ao longo dos anos, um papel central no processo do colapso civilizacional, os mesmos fatores que vão determinar o fim da atua Civilização industrial e tecnológica.
Mas não podemos pensar apenas em nós: a taxa de destruição das outras espécies atingiu o nível de há 65 milhões de anos, quando um enorme asteroide colidiu com a Terra na Península do Yucatán no Golfo do México, que levou à extinção os dinossauros e outras espécies, levando posteriormente à reiniciação do processo, com os sobreviventes a partir da água e subsolo.
Este acontecimento acima referido, que 63 milhões de anos mais tarde daria origem ao homo-sapiens, foi a consequência da 5ª extinção em massa no nosso Planeta a Terra, acabando com a era dos Dinossauros, que tiveram origem a seguir à 4ª extinção, que tinha acontecido 185 milhões de anos antes, quando da erupção em simultâneo de dezenas de vulcões em toda a Sibéria, provocando o efeito de estufa em todo o Planeta, durante um período entre 5 a 10 milhões de anos.
A diferença, é que o homem moderno vai ser o precursor de um outro ciclo de povoação na terra que inicialmente será representado por “bactérias e escaravelhos” que irão assumir o nosso lugar.
As sociedades consumistas embrenharam-se numa luta feroz por um padrão de vida sem regras para a defesa do ambiente não dando conta que as espécies, estão a desaparecer a um ritmo 1000 vezes superior ao da extinção natural.
O declínio da biodiversidade, envolve uma drástica redução de inúmeras espécies, que tem conduzido à destruição do ecossistema em larga escala causada pelo Homem, provocando a insustentabilidade, que se tem vindo a agravar exponencialmente, sendo sempre acompanhada pela explosão demográfica, modelo este que vai estar na origem do colapso da atual Civilização tecnológica.
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Pela primeira vez ao longo da sua existência, o homem está a ser confrontado com o fantástico e a realidade: é o momento das grandes opções do dominador do Planeta Terra, que nos pode levar a um campo desconhecido se utilizarmos sem restrições todos os meios, que num futuro muito próximo vai ser colocado ao dispor da humanidade.
A primeira fase da revolução tecnológica começou no início do último quarto do século XX, mas só se sentiram as repercussões, quando muitos dos empregos começaram a ser assumidos por computadores; que iriam reduzir drasticamente a atividade do homem na gestão contabilística das empresas, com particular incidência no setor público.