Faleceu Joaquim Santana, o grande mestre do folclore de Riachos

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Centenas e centenas de mensagens dos mais variados grupos de folclore de Norte a Sul, no Facebook davam as condolências  e referiam a importância do homem – Joaquim Santana,  que faleceu esta segunda-feira, 1 de março, aos 86 anos, uma  figura icónica do movimento associativo de Riachos, Torres Novas, com uma vida dedicada ao folclore português.

A informação era avançada pela associação o Rancho Folclórico “Os Camponeses” de Riachos. Joaquim Santana faleceu no lar de idosos onde vivia, devido a doença prolongada e este antigo funcionário do setor das águas da Câmara de Torres Novas, onde chegaria a Chefe dos Serviços de Água e Saneamento da parte do município o mesmo, colocou a   bandeira do município de Torres Novas a meia haste, por indicação do presidente da Câmara, Pedro Ferreira, como sinal de luto e recorda a CM Torres Novas o que Joaquim Santana foi galardoado em 1996 com a Medalha de Mérito da Cultura atribuída pela Câmara Municipal de Torres Novas pela sua atividade em prol da cultura popular e tradicional de Riachos e pelo seu contributo para a valorização da coletividade que criou e dinamizou.

A 27 de agosto de 2017 foi descerrada uma placa toponímica na qual está inscrito o seu nome, que passou também a ser nome de rua, junto ao Centro de Saúde daquela vila.

 

Registe-se que foi em 1957, quando deu os primeiros passos num grupo de Carnaval que daria origem ao Rancho, Joaquim Santana era apenas lavrador.

Alertado que o que fizera no Carnaval não era de facto folclore, iniciou o seu estudo sobre as tradições e preparou o rancho o melhor que conseguiu. Assumiu assim, no Rancho e a nível pessoal, o papel do cingeleiro, o pequeno proprietário, vestido de preto e com um chapéu de abas largas (que mandaria fazer de propósito ao estilo de 1900) que coordena os trabalhadores rurais na sua atividade agrícola.

Em breve, o Rancho de Riachos dançava pela Europa e afirmava-se no folclore nacional, resultado do intendo estudo e dedicação que votou à área. A sua acção no Rancho Folclórico “Os Camponeses” da Casa do Povo dos Riachos, de que foi fundador no já longínquo ano de 1958 e que dirigiu ininterruptamente durante 61 anos; a inexcedível colaboração que prestou à Federação do Folclore Português – tendo exercido funções na Mesa da Assembleia-geral e como Conselheiro Técnico Regional, do Ribatejo e dos Templários; o elevado contributo que deu à Região de Turismo dos Templários, cuja Comissão Executiva integrou; e o imenso empenho que colocou na constituição do Museu Agrícola dos Riachos, são testemunhos inesquecíveis de uma dedicação inteira às coisas da nossa Cultura Tradicional e ao Regionalismo.

Pela sua mão o Rancho “Os Camponeses” dos Riachos, tronou-se um dos mais representativos do Ribatejo e um dos que mais vezes representou o Folclore Português além-fronteiras.

AF

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