O Governo português formalizou hoje a recandidatura de António Guterres para um segundo mandato de cinco anos como secretário-geral da ONU.
O primeiro-ministro, António Costa, assinou hoje a carta a formalizar a proposta do executivo português, documento endereçado ao presidente da Assembleia-Geral da ONU e à presidência do Conselho de Segurança, este mês assegurada pelo Reino Unido.
Numa breve declaração aos jornalistas, o primeiro-ministro salientou a “liderança firme” de Guterres em cinco anos “particularmente difíceis” e a importância de reforçar as organizações multilaterais perante os grandes desafios comuns e as “causas comuns” da atualidade.
O mandato de cinco anos de Guterres, que assumiu o cargo de secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em janeiro de 2017, termina no final deste ano, a 31 de dezembro.
Aclamado pelos 193 Estados-membros da Assembleia-Geral da ONU para o cargo de secretário-geral em 13 de outubro de 2016, António Guterres anunciou, em janeiro último, a sua disponibilidade para cumprir um segundo mandato de cinco anos no período de 2022-2026.
As Nações Unidas deram início este mês ao processo formal de seleção do próximo secretário-geral da organização, ao pedirem aos 193 Estados-membros que submetessem os nomes de candidatos ao cargo.
O “caloroso apoio” do Presidente da República
O Presidente da República falou hoje com António Guterres transmitindo-lhe “o seu caloroso apoio” à sua candidatura a um novo mandato de cinco anos como secretário-geral das Nações Unidas.
A informação foi divulgada através de uma nota no portal da Presidência da República na Internet.
“O Presidente da República saúda, com grande júbilo, a recandidatura do engenheiro António Guterres, com quem já hoje falou transmitindo o seu caloroso apoio, a um novo mandato como secretário-geral das Nações Unidas”, lê-se na nota.
Marcelo Rebelo de Sousa defende que António Guterres “é a pessoa certa para continuar a promover o imprescindível papel e a reforma daquela organização”.
Segundo o chefe de Estado, a recandidatura de António Guterres “é uma excelente notícia para as Nações Unidas, porque demonstrou ser um brilhante secretário-geral”, e também “é uma excelente notícia para Portugal, porque é um português de enorme valor”.
Marcelo Rebelo de Sousa elogia António Guterres pelo “seu conhecimento dos grandes problemas do mundo, assente numa vasta carreira internacional e numa experiência ímpar ao serviço das Nações Unidas, designadamente no seu atual mandato”.
No primeiro ano do seu mandato como Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa empenhou-se na candidatura de António Guterres ao cargo de secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), à qual apelou perante a Assembleia Geral da ONU, em setembro de 2016.