O vinho do Porto, o sol e o mar, o rio Douro e a cultura” são os polos centrais do novo modelo de promoção turística até 2025 de Vila Nova de Gaia, distrito do Porto, anunciou hoje a autarquia.
“O nosso modelo de desenvolvimento turístico passará pela preservação da identidade e história das caves do vinho do Porto, pela promoção das nossas praias, pela potencialização da dinâmica turística do rio Douro e pela valorização do património cultural, material e imaterial de Vila Nova de Gaia”, escreveu Eduardo Vítor Rodrigues, na mensagem da nova ‘Estratégia para Promoção e Captação de Novos Turistas – 2020-2015’.
A nova estratégia vai centrar “esforços na gestão da pandemia, na recuperação do setor e nos apoios aos empresários na Fase 1 (2020-2021)”. Na Fase 2 (2021-2025) a aposta é na implementação de medidas, que visem a “qualificação do destino”, a “melhoria da sua comunicação e a gestão sustentável dos fluxos turísticos”.
O primeiro polo do novo modelo para desenvolver o turismo e captar turistas tem como produto âncora o vinho do Porto e como produtos estratégicos a cultura e património, o desporto náutico e as zonas industriais.
Para colocar essa estratégia em prática, o documento indica que vai haver uma aposta nas visitas a caves de vinho do Porto, ao Mosteiro da Serra do Pilar, ponte Luís I, Jardim do Morro, mercado da Beira Rio e da Afurada, Igreja de Santa Marinha, entre outros.
O segundo polo do novo modelo de promoção turística – cujo produto âncora é o sol e o mar – conta com a parceria do município de Espinho, distrito de Aveiro.
As mais valias destacadas são as praias de bandeira azul, praias acessíveis, pista de cicloturismo da orla marítima, capela do Senhor da Pedra, o estuário do Douro, o golfe, a capela Santa Maria Adelaide, o Centro de Reabilitação do Norte ou a clínica heliântia.
O polo 3, cujo produto chave é o rio Douro, está estruturado com a Câmara de Gondomar.
Os produtos de atração são as praias fluviais, as pontes do Douro, a barragem Crestuma-Lever, o trilho do rio Febros, o Parque Biológico e Zoo de Santo Inácio, o Centro de Alto Rendimento, os desportos náuticos, o Santuário Monte da Virgem, os Arcos do Sardão ou a broa de Avintes.
Destaque para o património religioso
O polo 4 vai potenciar a vertente cultural, sobretudo o património religioso, e para qualificar a experiência turística vai partilhar forças com a Câmara de Santa Maria da Feira, no distrito de Aveiro, aliando produtos estratégicos como a natureza, o desporto e as zonas industriais.
Mosteiro de Grijó, Túmulo de São Rodrigo Sanches, Mosteiro de Pedroso, Caminho de Santiago, Santuário Senhora da Saúde, Parque Castro do Monte Murado, Solar Condes de Resende, Serra de Negrelos ou o Parque das Corgas são alguns dos locais elencados como os principais para desenvolver o turismo cultural e religioso de Gaia.
A “Estratégia para promoção e captação de novos turistas para Vila Nova de Gaia 2020-2025”, apresentada pelo professor Jorge Costa, presidente do IPDT Turismo e Consultoria, aposta também em “10 circuitos temáticos” e que vão ser trabalhados em função dos “atrativos do destino em articulação com as necessidades e tendências dos mercados-alvo de Vila Nova de Gaia” de forma a inovar “continuamente a oferta turística” no município.
Os 10 circuitos vão englobar “praias, património religioso, artistas, história e cultura, fauna e flora, turismo ativo, expressões populares, mercados e feiras, desporto de competição, zonas industriais e turismo industrial”.
A nova estratégia, ancorada na marca “Gaia, the home of porto wine” (Gaia, casa do vinho do Porto), vai ser promovida pelos canais digitais (redes sociais, motores de busca, portal do turismo), por canais ‘offline’ (‘press trips’, ‘blog trips’, publicidade em imprensa especializada, feiras de turismo) e pelas pessoas, através de “campanhas junto das comunidades internacionais a residir em Vila Nova de Gaia e das comunidades portuguesas a residir no estrangeiro”, explica o documento.
O presidente da Turismo do Porto e Norte de Portugal, Luís Pedro Martins, mostrou-se satisfeito com o plano estratégico de Gaia e disse que agora, mais do que nunca, era “fundamental ter certezas absolutas das ações que se querem desenvolver”, para que Gaia e toda a região Norte estivessem preparadas com oferta qualificada no pós-pandemia.