PR rejeita cenário de crise política e “sinais errados para a Páscoa”

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O Presidente da República rejeitou cenários de crises políticas ou eleitorais ou de formação de governos de salvação nacional, referindo que essas ideias surgem “nalgumas vozes da opinião política”.
Numa declaração ao país ontem à noite, após decretar a renovação do estado de emergência em Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa reforçou a mensagem do primeiro-ministro sobre a necessidade de prolongar o atual confinamento geral durante o mês de março, e continuar a apoiar quem foi afetado neste contexto de crise resultante da Covid-19.
“Tudo sem crises políticas. Tudo sem cenários de governos de unidade ou salvação nacional. Não se conte comigo para dar o mínimo eco a cenários de crises políticas ou eleitorais. Já nos bastam a crise da saúde e a crise económica e social”, afirmou.
Segundo o chefe de Estado, houve recentemente, “nalgumas vozes da opinião política, acenos a governos de salvação nacional”, mas não têm apoio na população em geral.
“Os portugueses compreenderam que o bom senso já aconselhava que provocar, nesta altura, crises políticas, com cenários à margem dos partidos de resultado indesejável em tempo perdido, em terceiras eleições no verão e nada de novo no horizonte, não servia para outra coisa se não para agravar a pandemia, nunca para a abreviar”, sustentou.
O chefe de Estado defendeu ainda que o estado de emergência e o atual confinamento geral devem manter-se sem “sinais errados para a Páscoa”, para evitar um retrocesso na contenção da Covid-19 em Portugal.
“Temos de sair da primavera sem mais um verão e um outono ameaçados. Em vida, saúde, economia, sociedade. Temos de assegurar que a Páscoa, no início de abril, não será causa de mais uns meses de regresso ao que vivemos nestas semanas”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.
O chefe de Estado apontou como metas até à Páscoa, que será no início de abril, reduzir o número de novos casos diários de infeção “para menos de dois mil”, de modo a que “os internamentos e os cuidados intensivos desçam dos mais de cinco mil e mais de oitocentos agora para perto de um quarto desses valores”.
Na declaração feita a partir do Palácio de Belém, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa pediu que se procure uma estabilização “duradoura, sustentada, sem altos e baixos”, colocando a propagação do vírus em “números europeus”.
“Temos de manter o estado de emergência e o confinamento, como os atuais, por mais quinze dias, e, apontar para prosseguir março fora no mesmo caminho, para não dar sinais errados para a Páscoa”, defendeu.
O Presidente da República apelou ainda a uma melhoria do rastreio de pessoas contaminadas com covid-19, “com mais testes, mas sobretudo com mais operacionais”, e a que se tenha presente “o desafio constante da vacinação possível”, considerando que “sem essas peças-chave não haverá um desconfinamento bem sucedido”.
Este foi a décima primeira declaração do estado de emergência decretada por Marcelo Rebelo de Sousa no atual contexto de pandemia de Covid-19.
O atual período de estado de emergência termina às 23h59 do próximo domingo, 14 de fevereiro. Esta renovação tem efeitos até às 23h59 de 01 de março.
De acordo com a Constituição, este quadro legal que permite a suspensão do exercício de alguns direitos, liberdades e garantias, não pode durar mais de quinze dias, sem prejuízo de eventuais renovações com o mesmo limite temporal.

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