Testes evitaram mais de 730 surtos em lares – ministra Mendes Godinho

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Mais de 230 mil testes à Covid-19 feitos a funcionários de lares de idosos terão evitado mais de 730 surtos da doença, disse hoje a ministra do Trabalho, que estimou a conclusão da vacinação ainda em fevereiro.
Durante uma audição na Comissão de Trabalho e Segurança Social, na Assembleia da República, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, disse que já foram feitos mais de 230 mil testes a trabalhadores de lares de idosos, o que terá evitado novos surtos da doença.
“Numas contas em relação às situações que foram identificadas precocemente relativamente a estes testes, já terão sido evitados mais de 730 surtos em lares graças a esta identificação precoce de trabalhadores que tinham um teste positivo, mas não tinham sintomas”, adiantou Ana Mendes Godinho, que aproveitou para dizer que estas pessoas “merecem um reconhecimento público por terem colocado em primeiro a vida dos outros”.
A testagem a funcionários foi uma das medidas identificadas pela ‘task force’ criada em conjunto com o setor social para identificar as várias necessidades nestas estruturas residenciais e o que poderiam ser as medidas preventivas para minimizar o risco de propagação do vírus nos lares.
Ana Mendes Godinho disse que foram feitas mais de 4.900 visitas a lares por equipas conjuntas da Segurança Social, Proteção Civil e Saúde, o que significa, segundo referiu, que muitos dos 2.500 lares a funcionar já receberam essa visita de acompanhamento mais do que uma vez.
Ao nível do plano de vacinação, que considerou o corolário do trabalho junto dos lares, a ministra adiantou que já foram vacinadas mais de 189 mil pessoas com a primeira dose da vacina.
“A nossa expectativa é em fevereiro termos todos os lares já com a segunda dose tomada”, anunciou Ana Mendes Godinho, frisando que estão excluídos desta meta os lares onde ainda há surtos e que “precisam ter os 14 dias após o surto para que a vacina seja dada”.
Perante os deputados, a ministra anunciou também que foram feitas 2.000 ações de formação no terreno pelas Forças Armadas ou adotadas medidas para apoiar a gestão de surtos quando as instituições não o conseguem fazer sozinhas.
“Seja através da criação do espaço de retaguarda, para onde as pessoas podem ser alojadas, ou através das brigadas de intervenção rápida que foram reforçadas, tinham um contingente médio de 400 pessoas e foram agora reforçadas para 550 pessoas e já foram ativadas em 453 situações”, afirmou a ministra.
Relativamente ao programa ATIVAR, de apoio ao Emprego e Formação Profissional, para reforço dos recursos humanos em falta nestas instituições, Ana Mendes Godinho adiantou que vai abrir um novo concurso no dia 15 de fevereiro.
Sobre o programa PARES, de alargamento da rede de equipamentos sociais, disse que houve 1.300 candidaturas para 110 milhões de euros, e referiu que a “preocupação é aumentar a capacidade de investimento na área social”, nomeadamente através do Programa de Recuperação e Resiliência.

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