Hoje assinala-se o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, e o Diário da República eletrónico está ‘vestido’ de amarelo, a cor da Estrela de David.
Esta é uma homenagem prestada pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM) e a Presidência do Conselho de Ministros, a todos os que foram vítimas do nazismo.
É também uma homenagem a Aristides de Sousa Mendes, diplomata português responsável pelo salvamento de milhares de vidas judias.
“Numa atualidade marcada por atos de antissemitismo, racismo, xenofobia, a INCM e a Presidência do Conselho de Ministros relembram a importância da liberdade de pensamento e intolerância para com a violência, vestindo o Diário da República eletrónico da cor da Estrela de David, símbolo que ficou para sempre associado à comunidade judia durante o Holocausto”, explica a INCM num comunicado.
Haverá ainda uma edição especial em papel, única, também amarela.
A página eletrónica do Diário da República destaca hoje, de forma simbólica, todas as medidas até agora publicadas em Diário da República que assinalam “o reconhecimento do trabalho e da valentia de Aristides de Sousa Mendes”, como a Resolução da Assembleia da República n.º 47/2020, de 24 de julho, que concedeu honras de Panteão Nacional a Aristides de Sousa Mendes ou ainda a Portaria n.º 639/2000, de 7 de abril, que reconhece a Fundação Aristides de Sousa Mendes.
São também divulgadas outras iniciativas do Estado e da sociedade civil, diretamente relacionadas com este tema e publicadas em Diário da República.
Com esta iniciativa, a INCM assinala “a importância do combate a extremismos, do respeito pelo outro e dos direitos humanos, considerando o exemplo de Aristides de Sousa Mendes, que pôs em causa a sua vida e a sua liberdade em prol de um bem maior e de uma conquista digna de herói de grandes epopeias”.
Em 2021 assinalam-se 76 anos do término oficial do Holocausto, onde mais de seis milhões de pessoas perderam a vida às mãos do ódio propagado pelo regime nazista, comandado por Adolf Hitler.
A INCM resulta da fusão, em 1972, da Imprensa Nacional com a Casa da Moeda, dois dos mais antigos estabelecimentos industriais do país. Atualmente entre os bens e serviços essenciais que produz, estão a produção de documentos de segurança, como o cartão de cidadão ou o passaporte, a autenticação de metais preciosos, a edição do Diário da República, a publicação de obras fundamentais da língua e da cultura portuguesa e a cunhagem de moeda corrente e de coleção.
Ana Grácio Pinto