Presidenciais: Portugueses em França podem votar após recolher obrigatório com justificação administrativa

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Os portugueses residentes em França podem deslocar-se no fim de semana para votar nas presidenciais ultrapassando a hora do recolher obrigatório caso apresentem uma justificação com o motivo de convocação judiciária ou administrativa, segundo o Governo francês.
“Os cidadãos portugueses podem votar desde que estejam munidos de uma justificação onde o motivo da deslocação seja: deslocações para uma convocatória judiciária ou administrativa”, respondeu o Ministério do Interior francês à agência Lusa.
Assim, mesmo com o recolher obrigatório em vigor em todo o país entre as 18h e as 06h, os cidadãos portugueses vão poder votar nos 11 consulados espalhados pelo território até às 19h.
A Embaixada de Portugal em França informou as autoridades francesas da realização presencial das eleições presidenciais nos diversos consulados e pediu “tolerância” caso as deslocações se estendessem para além do recolher obrigatório imposto no país.
“Informámos as autoridades francesas de que ia haver as eleições e pedimos, o que é delicado, a tolerância dos agentes da autoridade no caso de um lusodescendente que tivesse vindo votar e estivesse na estrada meia hora depois do recolher obrigatório”, afirmou o embaixador de Portugal em França, Jorge Torres-Pereira, em entrevista à agência Lusa.
A multa por incumprimento do recolher obrigatório em França é de 135 euros, para uma primeira transgressão.
Quanto à participação da comunidade portuguesa nestas eleições, Jorge Torres-Pereira espera que, pelo menos, quem votou nas últimas eleições também marque presença desta vez.
“O ideal seria que cada pessoa que votou nas últimas eleições não tomasse a pandemia como uma razão para não votar desta vez e se nós conseguíssemos ter, pelo menos, o mesmo número de votantes, podíamos dizer que conseguimos não ter medo da covid-19 para exercer o direito de voto”, concluiu.
No estrangeiro, a eleição pesidencial decorre nos dias 23 e 24 de janeiro, podendo votar os cidadãos portugueses que residem fora de Portugal e que estão recenseados na Comissão Recenseadora da sua área de residência (correspondente à morada constante do Cartão de Cidadão).
Esta eleição no estrangeiro terá cerca de 170 mesas de voto em 150 serviços consulares, número que representa um aumento de perto de 30% relativamente ao número de mesas de voto constituídas em 2016 (121).

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