O município de Lisboa vai reforçar apoios sociais, nomeadamente com a distribuição de refeições escolares e a famílias carenciadas, no âmbito do novo confinamento e estado de emergência.
Num comunicado, o gabinete do vereador da Educação e Ação Social, Manuel Grilo (BE), destacou que a pandemia, com o novo confinamento e o encerramento das escolas a partir de hoje, está a ter “um impacto enorme na economia, deixando famílias desprotegidas”, pelo que a Câmara de Lisboa vai reforçar a distribuição de refeições gratuitas para famílias e instituições particulares de solidariedade social (IPSS), crianças que deixaram de ter refeições nas escolas e pessoas em situação de sem-abrigo.
Entre as medidas está o reforço de 4,3 milhões de euros do Fundo de Emergência Social (FES-Covid), uma linha de apoio para as organizações sem fins lucrativos com intervenção social na cidade que distribuam cabazes alimentares e para associações de moradores.
No âmbito deste programa, de acordo com a nota, dezenas de organizações da cidade já receberam 12,4 milhões de euros desde março.
Para apoio a agregados familiares, foi também distribuído um total de 3,3 milhões de euros para as Juntas de Freguesia “fazerem face a apoios de emergência social que têm surgido por toda a cidade”, apoio que “será mantido e reforçado”, sublinhou a autarquia.
O programa municipal de apoio alimentar está a distribuir 3.870 ‘kits-refeição’ por dia, equivalentes a duas refeições diárias e um lanche, um investimento total de seis milhões de euros, com distribuição a cargo de IPSS parceiras e Juntas de Freguesia.
A este programa de apoio alimentar juntar-se-ão em fevereiro vários restaurantes solidários que integraram o programa ‘Lisboa Protege’ e que terão o apoio de 3,6 milhões de euros para a confeção de refeições.
As escolas públicas sob responsabilidade da Câmara de Lisboa, do jardim-de-infância ao 12.º ano, vão continuar a fornecer refeições aos alunos dos escalões A e B da Ação Social Escolar e com necessidades educativas especiais (NEE), em sistema de ‘take-away’, com levantamento nas escolas entre as 12h e as 13h30.
Apesar do encerramento dos estabelecimentos de ensino, os filhos até aos 12 anos dos funcionários de serviços essenciais que não podem exercer a sua atividade em teletrabalho, como trabalhadores das áreas da saúde, higiene urbana e segurança, podem frequentar nove escolas em outros tantos agrupamentos escolares de Lisboa.
Estão abertas para estas crianças a EBI S. Vicente de Telheiras (Agrupamento de Escolas Vergílio Ferreira), a Escola de Sta. Clara (AE Gil Vicente ), a EB Mestre Arnaldo Louro de Almeida (AE Marquesa de Alorna), a EB Patrício Prazeres (AE Patrício Prazeres), a Escola Secundária Lumiar (AE Prof. Lindley Cintra), a Escola Secundária Restelo (AE Restelo), a EB Leão de Arroios (AE Luís de Camões), a EB Natália Correia (AE Nuno Gonçalves) e a EB Paulino Montez (AE Piscinas Olivais).
Continuam a funcionar quatro centros de acolhimento de emergência para as pessoas em situação de sem-abrigo, com capacidade para receberem, em simultâneo, até 220 pessoas.
Câmara de Lisboa reforça distribuição de refeições a alunos e famílias desprotegidas
