SOS Azulejo alerta para venda de originais e substituição por réplicas

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O Projeto SOS Azulejo lançou uma campanha para contrariar proprietários que mantêm as fachadas tradicionais, mas vendem os originais que são substituídos por réplicas, ação que classifica como tentativa de “contornar” a lei protetora promulgada em 2017.
De acordo com o projeto, a nova campanha intitula-se ‘Azulejos originais Sim/Já – Réplicas só quando os não há’, e foi lançada esta semana para dissuadir os proprietários do que considera ser uma “tendência de alguns setores”, segundo um texto sobre a iniciativa na sua página ´online´.
A lei 79/2017, que interdita a demolição de fachadas azulejadas e a remoção de azulejos das mesmas fachadas, foi proposta ao parlamento pelo Projeto SOS Azulejo em 2016, e promulgada em 2017, juntamente com mais duas resoluções da Assembleia da República, visando, pela primeira vez, proteger especificamente o património azulejar português.
“Embora por vezes demorando a ser interiorizada, como qualquer nova legislação, está a ser cumprida na generalidade, estancando a verdadeira ´sangria´ de destruição azulejar que assolou o país nas últimas décadas”, descreve o SOS Azulejo, criado em 2007 e coordenado pelo Museu de Polícia Judiciária.
Para “contrariar e inverter essa tendência”, colocou informação no ‘site’ do projeto para “desmontar muitas das crenças erradas que levam às referidas práticas de destruição azulejar e utilização abusiva de réplicas”.
Em 2017, contactada pela agência Lusa sobre este projeto, Leonor Sá considerou que a aprovação dos diplomas iria provocar, no país, “uma mudança a nível nacional e uma viragem de 180 graus na proteção do património azulejar”.
“Desta forma o património será protegido sem precisar de ser classificado”, interditando a demolição ou remoção das fachadas com azulejos, apenas com autorização dos técnicos das autarquias, e autorizando-se a sua destruição ou remoção apenas no caso de não constituírem qualquer valor.
O Projeto SOS Azulejo foi criado e é coordenado pelo Museu de Polícia Judiciária em parceria com a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), a DGPC, o Instituto Politécnico de Tomar (IPT), a Universidade de Aveiro (UA), a Universidade de Lisboa (UL) – Instituto de História de Arte (IHA) – Rede de Investigação em Azulejo (RIA), a Guarda Nacional Republicana (GNR) e a Polícia de Segurança Pública (PSP).
Em 2013, o projeto foi galardoado com o Grande Prémio da União Europeia para o Património Cultural.

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