Na madrugada de 10 de janeiro, a equipa de urgência do Centro de Medicina Subaquática e Hiperbárica, da Marinha Portuguesa, tratou, numa das suas câmaras hiperbáricas, uma família de sete elementos. A família composta por dois adultos, quatro crianças e um bebé de 16 meses, foi vítima de intoxicação severa por monóxido de carbono na sua residência em Elvas.
Todos os elementos da família tinham testado positivo para a CovidD-19 nos dias anteriores.
Para assegurar o transporte e permitir o tratamento em segurança foi desencadeada uma operação logística complexa que envolveu 2 hospitais e o INEM, com empenhamento de 5 viaturas de emergência, 2 médicos e 4 enfermeiros, para além de socorristas. Da Marinha Portuguesa foram envolvidos 1 médico, 1 enfermeiro e 2 mergulhadores.
Adotando métodos de proteção adequados à Covid-19, foi possível concluir o tratamento hiperbárico com melhoria clínica significativa, prevenindo as complicações presentes e futuras, daquele tipo de intoxicação.
A Marinha relembra, principalmente nesta época mais fria, a importância dos cuidados na utilização de lareiras, braseiras, salamandras e esquentadores, fontes de monóxido de carbono potencialmente letal. Uma adequada exaustão dos gases produzidos, a correta instalação e utilização destes equipamentos e a ventilação das divisões onde forem colocados é a melhor forma de prevenir estes acidentes.
O Centro de Medicina Hiperbárica e Subaquática, da Marinha Portuguesa, dispõe de uma equipa de urgência constituída por médicos, enfermeiros e mergulhadores, 24 horas por dia, a funcionar ininterruptamente há mais de 30 anos, ao serviço de todos os Portugueses.