O executivo municipal do Sabugal, no distrito da Guarda, está contra o encerramento do Centro de Distribuição dos CTT e a centralização do serviço na Guarda, e apela à administração que reverta a decisão.
A autarquia refere, em comunicado, que “o encerramento do Centro de Distribuição dos CTT do Sabugal é mais um fator a agudizar o despovoamento” do concelho, “com o deslocamento e a centralização do serviço na Guarda”.
“É verdade que a prestação dos serviços dos CTT do Sabugal se mantém e não será afetada”, refere a nota. No entanto, a autarquia aponta que os funcionários, “que até aqui tinham o seu posto de trabalho no Sabugal, ao serem deslocados para a Guarda irão, compreensivelmente, equacionar a mudança de residência”.
“O encerramento de serviços tem consequência directa na perda ou deslocalização de postos de trabalho e, indirectamente, na privação das populações de serviços que garantiam condições, ainda que mínimas, de conforto e de satisfação de necessidades básicas”, sublinha.
A autarquia decidiu solicitar o agendamento de uma reunião com “caráter de urgência” à administração dos CTT. O executivo municipal também deliberou “manifestar todo o apoio e solidariedade” para com os funcionários dos CTT afetados pela medida. No comunicado, o município situado junto da fronteira com Espanha e que é presidido por António Robalo, garante o compromisso de “tudo fazer” para que a empresa reverta a decisão.
A câmara assinala na nota que “o despovoamento do interior associado à fraca atratividade destes territórios em fixar e atrair população tem causas profundas, causas a que não são alheias algumas medidas centralizadoras que deslocam muitos serviços locais para um âmbito mais regional ou nacional”.
“Serviços essenciais que são, muitas vezes, garantia de uma presença eficaz do Estado, de proximidade aos cidadãos, de solidariedade e coesão nacional”, acrescenta.
Sabugal contra encerramento de Centro de Distribuição dos CTT
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