Por causa do Covid-19 entre 20% e 30% de pequenos comércios de Beja poderão fechar no fim do ano

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O presidente da associação comercial do distrito de Beja admitiu hoje que 20% a 30% dos sócios com pequenos estabelecimentos comerciais poderão fechar em definitivo os negócios no final deste ano, devido à crise provocada pela covid-19. Uma “parte significativa” dos sócios da Associação do Comércio, Serviços e Turismo do Distrito de Beja (ACSTDB) que têm pequenos estabelecimentos, com dois a cinco empregados, “pensa fechar no final deste ano e não voltar a abrir” os negócios, disse João Rosa.

A ACSTDB ainda não fez o levantamento, mas estima que o número de sócios pequenos comerciantes que pensa fechar os respetivos negócios poderá situar-se “entre os 20% e 30%”.

Segundo o responsável, a associação é composta “em grande maioria” por pequenos comerciantes, que já atravessavam “situações financeiras muito difíceis” antes do início da pandemia de covid-19, devido à concorrência das grandes superfícies e dos centros comerciais.

“As pessoas preferem as grandes superfícies e os centros comerciais e os pequenos estabelecimentos vão ficando com menos hipóteses de sobrevivência”, lamentou.

“Em todo o distrito de Beja, há pequenos estabelecimentos que poderão fechar, porque estão a ser muito atingidos pela pandemia e as suas situações financeiras têm vindo a agravar-se bastante este ano”, frisou.

Os proprietários de pequenos estabelecimentos comerciais estão com “muitas dificuldades em aguentar” os negócios devido às medidas para conter a covid-19, sobretudo os que foram obrigadas a fechar, mas também os que se mantiveram a funcionar, já que todos perderam clientes e vendas, que “caíram bastante”.

João Rosa admitiu que a época de Natal “poderá ajudar um pouco a minimizar as despesas deste mês, mas não vai tapar todos os prejuízos que os estabelecimentos têm tido para se aguentarem de porta aberta desde o início da pandemia”.

“Também não me parece que as ajudas de que temos ouvido falar da parte do Governo sejam suficientes, porque algumas têm como base médias de receitas deste ano e, se assim for, pouco ou nada vai chegar aos pequenos comerciantes”, lamentou.

O responsável defendeu que “o Governo deveria fazer um esforço maior para ajudar as empresas a manterem as portas abertas e os postos de trabalho que ainda existem”.

Neste sentido, João Rosa sugeriu que o Governo deveria suportar metade dos salários dos trabalhadores e suspender o pagamento pelas empresas das contribuições à Segurança Social e do Pagamento Especial por Conta.

Frisando que “já começa a haver alguma esperança com o aparecimento de vacinas”, João Rosa disse que estas medidas, “para terem algum efeito, deveriam durar entre seis meses e um ano”.

O responsável disse que as campanhas que vários municípios do distrito de Beja têm promovido para incentivar compras no comércio local durante a época de Natal “são boas iniciativas e ajudam”, mas, frisou que “a preferência pelas grandes superfícies e pelos centros comerciais é um fenómeno muito difícil de contrariar”.

João Rosa pediu “a toda a população” do distrito de Beja para que “olhe um pouco para o comércio local e tenha a gentileza de preferir comprar nos pequenos estabelecimentos, não só na época de Natal, mas durante todo o ano”.

Por outro lado, frisou, em contexto de pandemia, “é mais seguro fazer compras no comércio local do que nas grandes superfícies e nos centros comerciais”, já que os pequenos estabelecimentos comerciais têm portas para a rua e menos pessoas.

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