O ministro da Educação português espera que conferência mundial Virtual Educa, que decorre em Lisboa de 3 a 5 de março de 2021, seja tão presencial quanto possível e “eleve” Lisboa “a capital física do mundo virtual da educação”.
“Esse congresso irá acontecer a partir de Lisboa e queremos que seja o mais presencial possível”, disse Tiago Brandão Rodrigues, destacando o quanto lhe agradará ver “a cidade de Lisboa elevada a capital física do mundo virtual da educação”
O governante falava no encerramento do Fórum Global – Educação Conectada, que decorreu nos dias 23 e 24 em formato digital, em substituição substituindo ao Congresso Global Virtual Educa 2020, que estava previsto acontecer por estes dias na Fundação Calouste Gulbenkian em Lisboa.
“Espero que este encontro continue muito em breve, ampliado e aprofundado no Congresso Global Virtual Educa que irá acontecer de 3 a 5 de março do próximo ano e que vai ser dedicado a um tema importante: os ecossistemas educativos para a área digital”, afirmou Tiago Brandão Rodrigues.
Fórum Global juntou “milhares de professores portugueses”
Realizado em formato digital, o Fórum Global – Educação Conectada juntou governantes europeus e latino-americanos com a Comissão Europeia para discutirem as políticas educativas, tendo contado com 45.357 espetadores no Youtube e 60.989 no Facebook, revela a organização.
O ministro da Educação elogiou a forma como decorreu o evento e saudou “o envolvimento de milhares de professores portugueses” nos seus trabalhos. Segundo Tiago Brandão Rodrigues, “a Covid-19 não contaminou a nossa vontade de aprendizagem, de descobrir, de inovar, de ir mais longe”.
E garantiu que “os professores portugueses estão naturalmente abertos para criar redes de contacto, para criar pontes com escolas de outros países da Europa, com países africanos, com países de língua castelhana ou de língua inglesa, com países da América do Sul”.

“Esse congresso irá acontecer a partir de Lisboa e queremos que seja o mais presencial possível”, disse Tiago Brandão Rodrigues
Na sessão de encerramento, o diretor executivo da Virtual Educa destacou os “dois dias de debate intenso” que permitiram mostrar aos governos envolvidos que o caminho a seguir é “o da inovação dos modelos educativos, da modernização do processo escolar e da comunicação dentro e fora das escolas”.
“É assim que seremos capazes de superar os obstáculos com que nos confrontamos diariamente para criar sistemas de ensino que melhorem e corrijam a educação que está a ser dada nas escolas e universidades”, sublinhou Adelino Sousa.
O responsável português foi esta semana nomeado para o Conselho Diretivo da ATEI, a Associação de Televisoras Educativas e Culturais Ibero-americanas, aque reúnem mais de 90 emissoras públicas e privadas de televisão, ministérios e organismos culturais dos países-membros.
“É um prazer fazer parte da equipa de gestão e coordenação da mais importante rede de televisão educativa do planeta”, afirmou Adelino Sousa, assegurando que pretende contribuir com “soluções inovadoras que tornem a educação mundial mais equitativa e mais acessível para todos”.
A Virtual Educa foi estabelecida em 2011 pela Organização dos Estados Americanos (OEA) como uma iniciativa de cooperação multilateral no âmbito da educação, inovação, competitividade e desenvolvimento. Tem sido responsável pelos maiores eventos de educação da América Latina, sendo dirigida aos profissionais de educação e das tecnologias de informação e comunicação, empresários e decisores políticos.
A organização está sediada em Washington, nos Estados Unidos, onde tem uma fundação, e em Madrid, Espanha.
Ana Grácio Pinto
Relacionadas
Para o novo ano letivo, o Camões - Instituto da Cooperação e da Língua projeta uma Rede de Ensino Português no Estrangeiro presente em 74 países com 320 professores, 170 mil alunos, 51 leitores, 57 cátedras. “Num mundo em crise”, provocada pela pandemia de Covid-19, a língua portuguesa “consolidou-se e cresceu apesar das condições adversas”, destacou o presidente do Instituto Camões